De vez em quando, alguém cá em casa tem ideias peregrinas, do género: "agora vamos todos para a praia e tu ficas em casa, a converter as cassetes - mais velhas que o caraças - para dvd's". E eu alinho, porque nem gosto muito de ir para a praia, muito menos com a comandita toda.
Fico, e tenho de montar um arsenal de cabos e ligações, desmontar o leitor de VHS e ligar tudo à televisão. Depois, arranjar maneira de ligar isso tudo ao computador, para converter as gravações e finalmente poder livrar-me de mais uma invenção de quem, nitidamente, não tem mais nada em que pensar.
Obviamente, não funciona. Ou porque o computador não aceita o programa, ou porque a maquina afinal não é assim tão maravilhosa, ou simplesmente porque está tudo unido para me moer a paciência. Como não dá mesmo (e sabe Deus que eu tentei...), arrumo tudo, chuto o restante material para um tapete e sento-me no sofá... "Ainda quero ver o que raio tem estas cassetes de tão importante......"
E aparece-me uma criança no ecrã. Num andarilho dos bebés, com uma carinha de atolambada, a trocar os olhos e as pernas. Depois o fio de alguém que se debruçou... "OH!! É a minha avó!! E não é o Jardim Botânico... são os vasos de casa dela!!". Credo. Será que aquele cepo de criatura... sou eu?! :O Por esta altura, já estou em choque.
- Ó irmã! Chega aqui à sala, rápido!!!! Anda!!!!!!!
Ela lá sai da piscina e vem , como pessoa simpática que é - desde piquena...
Fico, e tenho de montar um arsenal de cabos e ligações, desmontar o leitor de VHS e ligar tudo à televisão. Depois, arranjar maneira de ligar isso tudo ao computador, para converter as gravações e finalmente poder livrar-me de mais uma invenção de quem, nitidamente, não tem mais nada em que pensar.
Obviamente, não funciona. Ou porque o computador não aceita o programa, ou porque a maquina afinal não é assim tão maravilhosa, ou simplesmente porque está tudo unido para me moer a paciência. Como não dá mesmo (e sabe Deus que eu tentei...), arrumo tudo, chuto o restante material para um tapete e sento-me no sofá... "Ainda quero ver o que raio tem estas cassetes de tão importante......"
E aparece-me uma criança no ecrã. Num andarilho dos bebés, com uma carinha de atolambada, a trocar os olhos e as pernas. Depois o fio de alguém que se debruçou... "OH!! É a minha avó!! E não é o Jardim Botânico... são os vasos de casa dela!!". Credo. Será que aquele cepo de criatura... sou eu?! :O Por esta altura, já estou em choque.
- Ó irmã! Chega aqui à sala, rápido!!!! Anda!!!!!!!
Ela lá sai da piscina e vem , como pessoa simpática que é - desde piquena...
Sentamo-nos as duas no sofá, e segue o vídeo. Quem está a gravar é o meu pai, reconhece-se pela voz. Anda ali também a "avó" Olívia. E... a "monga" continua às turras com o andarilho nas flores. A avó pede-lhe que bata palminhas ou que cheire as flores. Mas não, as únicas duas acções que a criança conhece são: 1) arrancar a flor mais bonita do ramo - com a variante - 2) arrancar a flor mais bonita do ramo e pô-la na boca. Nisto, cruza o ecrã uma miúda com um penteado Beatriz Costa, a pedalar de cabelinho ao vento. Além do hairstyle, toda ela muito fáshion, com um macacão vermelho da moda a fazer pandam com uma t-shirt amarelo-canário. De chorar por mais.
Estava eu afogada em lágrimas e riso, enquanto a minha irmã (agora muito menos fáshion que há uns anos atrás) ia identificando as personagens do filme. Eu era, sem dúvida, a miúda que comias todas as flores que pareciam apetitosas - no fundo, eu sempre quis ser vegan, mas nunca me deixaram; a natureza sempre teve uma relação muito "tu-cá-tu-lá" comigo. Muito menos difícil será prever que a Alves Barbosa, versão feminina e requintada, é a minha irmã.
Aquilo parecia um Big Brother, à moda antiga. Só que neste reallity-show,não dava grande jeito dizer mal dos concorrentes - se bem que, nem eu nem ela, fizéssemos a mais piquena ideia do que qualquer uma das nossas versões não evoluídas fosse fazer. Já tinha passado algum tempo, e não havia grandes alterações: eu arrancava e comia flores, ela passeava na bicicleta com rodinhas e, quando solicitada, vinha tirar-me as ervas da boca.
Sempre tive alcunhas, toda a gente tem. Mas, o que descobri nessa tarde - e que mudou irremediavelmente essa semana, e quiçá todo o mês - foi que, quando eu tinha 1 aninho de felicidade, e a minha irmã 5; eu andava num andarilho e ela numa bicicleta; eu comia flores e ela mas tirava da boca; éramos filmadas nesta rica vida, no jardim da minha avó; ela me chamava:
Estava eu afogada em lágrimas e riso, enquanto a minha irmã (agora muito menos fáshion que há uns anos atrás) ia identificando as personagens do filme. Eu era, sem dúvida, a miúda que comias todas as flores que pareciam apetitosas - no fundo, eu sempre quis ser vegan, mas nunca me deixaram; a natureza sempre teve uma relação muito "tu-cá-tu-lá" comigo. Muito menos difícil será prever que a Alves Barbosa, versão feminina e requintada, é a minha irmã.
Aquilo parecia um Big Brother, à moda antiga. Só que neste reallity-show,não dava grande jeito dizer mal dos concorrentes - se bem que, nem eu nem ela, fizéssemos a mais piquena ideia do que qualquer uma das nossas versões não evoluídas fosse fazer. Já tinha passado algum tempo, e não havia grandes alterações: eu arrancava e comia flores, ela passeava na bicicleta com rodinhas e, quando solicitada, vinha tirar-me as ervas da boca.
Sempre tive alcunhas, toda a gente tem. Mas, o que descobri nessa tarde - e que mudou irremediavelmente essa semana, e quiçá todo o mês - foi que, quando eu tinha 1 aninho de felicidade, e a minha irmã 5; eu andava num andarilho e ela numa bicicleta; eu comia flores e ela mas tirava da boca; éramos filmadas nesta rica vida, no jardim da minha avó; ela me chamava:
FRU-FRU GAITINHAS
Se depois disto vou arranjar uma placa a dizer atolambada, afixá-la na testa e sair à rua com flores na boca... é possível que sim. Muito provável, diria mesmo.
5 comentários:
Lol! Ai q bonito. fru-fru gaitinhas... Eu sugiro é que arranges uma placa c esse nome para colar na testa. Em conjunto pedes uma matricula especial com esse mesmo nome para quando tiveres carro. E a tua irmã arranja uma t-shirt a dizer "Eu ando com a fru-fru gaitinha" e uma seta a apontar para a direita ou esquerda, onde te colocas sempre que forem passear por essa terra fora.
Ai que bonito! Lol!
ahahahahaha
ha coisas fantasticas nao há FRU FRU?
não esquecer de referir todo o cuidado (quase) maternal com que quase te cegava para me certificar que nem uma mini-petala de flor lindissima continuava nessa boquinha vegan.
Ser FRU FRU é muito à frente.
(p.s. a musica da Heidi dá-me vontade de bolsar)
Fru fru gaitinhas? Primeiro, deixe-me dar um gutural riso de escárnio para com a sua pessoa:AHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAH.
Agora tenho a dizer que eu também tinha belos momentos gravados em suporte 8 milímetros (miwímetros, para o freitas), mas, por razões aparentemente desconhecidas, desapareceram... para o bem da mundo e da sociedade no geral e no particular.
Caramela:
Matas-me com essas piadas... --'
ainda o apanhamos:
Sempre foste uma jóia de simpatia para comigo. Por isso é que o meu sistema imunitário mandava mensagens ao cérebro para activar os gritos sempre que me tentavas abraçar... tudo explicado, Fru-Fru.
Padeiro:
Tu cala-te! Foste filmado a comer batatas-fritas de uma balde de lixo, quando vínhamos do Museu do Neo-Realismo!
(só um a parte: o padeiro foi filmado a comer batatas fritas do balde do lixo ?? ahah e eainda falam dos videos de lloret xD)
FRU-FRU gaitinhas ?? que amorzinhos vocês... devias ter arranjado uma outra alcunha para a tua mana se precisares de ajuda :b eheh
TatianaCadima
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