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sexta-feira, 24 de junho de 2011

bom feeling

Não é assim uma alegria murcha. É uma animação gigante, ridícula, pessoal e intransmissível. Sou eu a chegar a casa a cantar (leia-se: gritar) o "Sol da Caparica" e a fazer a parte da bateria na tampa do contador da energia. Espetar dois xutos e pontapés na porta e entrar no quarto num solo irreprimível de air guitar. Uma sensação de missão cumprida - mesmo que muito aldrabada. É um alívio do caraças ter os trabalhos entregues, os exames feitos. E nem me vou chatear se não for uma das 9 positivas a socio-economia dos media! Estou tão no topo que nem os rebeldes da Líbia me metem medo. Não tenho motivo, mas estou a adorar o momento. É como se tivesse comido uma caixa daqueles cogumelos malucos! E, olha lá, hoje não nem contigo estou triste. Anda, vai ser feliz! Pronto, beijinhos às primas!

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

wouldn't it be nice?

De entre tudo o que me deixa absbilicobanzobstaferica*, tenho de destacar os casamentos na praia. E nunca tal me passaria pela ideia, não fosse dar-se o caso de assistir a um - sem sequer ter sido convidada. Tudo se passou numa tarde em que supostamente iria apenas parar na esplanada do bar da praia, ler o jornal e depois mais tarde estender a toalha e dormir até ser hora de voltar para casa. Mas todos esses planos foram alterados quando chego à dita esplanada e dou de caras com uma populaça vestida formalmente, aglomerada junto a uma daquelas tendas onde os noivos se casam nos filmes. Como filme de qualidade, havia estrelas - reconhecíveis, um actor do teatro e a professora da novela dos vampiros.
Com um lugar privilegiado na esplanada, deixei o jornal na página das palavras cruzadas e fui deliciando o olhar com tal insólito. Mas o melhor estava para vir. De entre os convidados irrompe um individuo de calça branca e lenço ao pescoço, pavoneando-se de cá para lá - e de lá para cá, e assim sucessivamente. Passam uns minutos, e entra um Smart a toda a velocidade no parque de estacionamento: eis a noiva, guiando a sua própria viatura. Sai a noiva do carro e é ultrapassada por um toino e quatro toinas que iam de mala aviada para a praia, com lancheiras, guarda-sol, tapa-vento, toalhas, baldes e pás e sacos (muitos sacos) do pingo doce. Os convidados todos em fila, três crianças a agarrar na (mini)cauda do vestido e a noiva avança para o altar. Nisto, as colunas discretamente montadas nas dunas ligam ao som de (imagine-se!) Beach Boys!
Pensava eu que tinha sido o final da festa. Qual quê! O dono do bar da praia e os seus amigos charmosos focam o olhar no topo da serra. Discreta, mudei para lá toda a minha atenção. Um dos amigos estava na ponta do precipício de parapente aberto, pronto a saltar! E saltou. Os que estão em terra vão avisando que o do ar é doidinho, que ainda vai arranjar maneira de estragar o casamento - enquanto vão implorando por juízo e fazendo gestos para que ele não aterre nos convidados. O medo aumenta quando ele se aproxima e sobrevoa a tenda tão perto que podia ter arrancado os panos brancos com os pés. Mítico, mas não houve feridos.
No final do casamento, os convidados dispersaram rápido para a boda e o dono do bar convida os noivos para uma flute de champagne. Lá vêm eles, com o fotógrafo atrás - e eu escondida no jornal, não querendo aparecer com a roupa velha que usei no dia. Conversa daqui e conversa dali, recordo-me que o noivo era o pavãozinho que deu mil uma beijocas nas convidadas antes de chegar a noiva, muito simpático e atencioso. Depois de casado, descalçou os sapatinhos à esposa e tirou o seu lenço branco (que fazia pandam com as calças). Fiquei desconfiada, mas depois tudo fez sentido: a praia, os panos brancos, a música dos Beach Boys, os risinhos e as beijocas... aquele rapaz teve tudo, menos uma entrada triunfal num cavalo (branco, claro). A noiva apareceu a toda a velocidade num Smart e, não querendo ser má-língua, um dia destes volta a usar o carro. "Olha aqui pra mim!", disse um dos homens do bar - rapariga, muitas felicidades!

"We could be married
and then we'd be happy
wouldn't it be nice?"

____________________________________________________
*Absbilicobanzobstaferica = supercalifragilisticexpialidocious
que é como quem fica muito encantado, feliz ou estupefacto.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

não é um jogo educativo

Andava a sofrer há mais de duas semanas, com vontade de ocupar o tempo de ócio com um jogo que incluísse carros e desrespeito das regras de trânsito. Com particular interesse num que jogava quando era nova. Procurei na estante dos cds antigos e só encontrei jogos aborrecidos - e infantis. Mas aquele era fantástico! Era possível (aliás, suposto) atropelar os peões e, ainda mais fascinante, vacas! Num dos primeiros níveis havia imenso gado e até dava bónus trocidar várias ao mesmo tempo. Era espectacular. Corri o google de uma ponta à outra, com "jogo de carros violento, década de 90". Numa destas tardes (ante-ontem, nunca me irei esquecer) fartei-me do google e disse para minha irmã: "vou ver se encontro no youtube". E fui. Escrevi as mesmas palavras-chave e fui lendo os títulos dos vídeos que apareceram: "etc, etc, etc, carmageddon, etc, etc". Carmageddon?! Não. Mas eis que a extraordinário memória da minha irmã reage a "carmageddon"! É esse, é esse! E eu, muito descrente, fui ao google imagens. É ESTE! NÃO ACREDITO, É ESTE MESMO!!


Para quem conhecer a capa (pessoa que acaba de subir a pique na minha consideração) e estiver interessado em, como eu, reviver momentos da mais pura e estúpida violência, é procurar no google que há imensos links para download. Como é óbvio, já está no meu ambiente de trabalho e tem sido a loucura do revivalismo!


Agora, que me desculpem, vou esperar que isto acabe de carregar (porque é antigo) e avançar por essa estrada fora, rebentando com o que conseguir - outros carros incluídos. Hang on to yer helmet, o meu carrinho amarelo vai voltar à estrada.

P.s. Não consigo perceber como é que a minha mãe permitiu a existência deste cd cá por casa - ainda agora tenho medo de ser apanhada a jogar isto!

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

27 - 10 - 2009

É cumprir tradição. Ser um jornal do futuro, o que equivale (em termos práticos) a ser embrulhada em papel de jornal; uma corrente de 8 ou mais latas atada ao pé direito, tudo design exclusivo da madrinha. Receber o kit e pôr (orgulhosamente) a chupeta ao peito. Atar uma pulseira: fazer três desejos. Seguir em direcção ao Pintos, comprar traçado e encher o penico.

Reunir em frente à FLUC e aquecer a garganta com os hinos - e traçados. Ver a Pc vestida de mulher das cavernas - linda, linda. Mais uns passos e levei um banho de cerveja (deu a avó) e eis que o fato começa a desfazer-se. Segue o cortejo até à rotunda do Papa, tudo atrás da bandeira, ainda calminho. Descemos até à praça e, a meio, infiltra-se a avó (a de 7o e poucos anos) no meio da festa, a gritar e a pular mais que os caloiros! Fotos e flashes com a mãe e depois com a avó (a outra dos 70 e poucos anos). Agora sim, reencher o penico. Esvazia, enche, esvazia, enche. Woooo... calma! Depois cerveja, pipocas e traçado. Segue a marcha!

Eu e a prima a abrir o desfile, de braço dado e penico na mão. Cantamos nós, dançamos e até levamos a bandeira - que era pesada. Corremos para cima e para baixo - porque ninguém pára Jornalismo, ninguém pára Jornalismo, alé-o! Por aqui algures encontram-se amigos e conhecidos - felizmente, família já não. Mais umas quantas fotos e o fato disse "adeus". [Aliás, sobreviveu uma perna que eu, quase de madrugada, cortei cirurgicamente - para recordação]

Chegamos à baixo e vamos no domínio. Perdemos as madrinhas e corremos tudo à procura delas - só faltou procurar debaixo dos degraus. Encontramos e não as largamos! Seguimos para o rio. Quase, quase, quase que chorei. A madrinha disse umas palavras (decorei "responsabilidade"); revela o nome de praxe (Mari Hendrix, com um sotaquezinho amoroso) e deixa escorrer a água. Como é tradição, paguei o jantar e fomos ficando as quatro, madrinha e afilhada, tia e prima - de praxe.

Sei que acabámos por chegar ao recinto. Dançámos como se não houvesse amanhã, ao som de uma banda que ninguém nunca tinha ouvido falar - mas que deu show! Por aqui, já devia estar afónica. Criaram-se coreografias para o "hot 'n' cold" e descobrimos que sabíamos a letra do Mama Mia. Eu e a prima abraçadas a saltar ou a dançar uma modinha. "Chorei a rir"! Ainda ficámos para o Quim e depois regressámos a pé, para ganhar sono. Um dia a 100, inesquecível.


"It's my life
It's now or never
I ain't gonna live forever
I just want to live while I'm alive

My heart is like an open highway
Like Frankie said
I did it my way
I just wanna live while I'm alive
It's my life "

sábado, 24 de outubro de 2009

"Foge comigo, Maria!" é rapto.

Não que se relacione de maneira nenhuma com o título deste post, queria agradecer em público e para todo o Mundo, através do OdeioErvilhas-Africa e da RTP Internacional, a fantástica surpresa de ontem à tarde, quando vocês, minhas duas criaturas, me apareceram à janela com um fino e Nuggets do MacDonalds! xD Acabámos por passar a tarde a rir e a recordar aquilo que recordamos sempre que nos juntamos os 3. Ainda vimos o "Zona J" e comemos pipocas do Lidl - bem boas. Qualquer tarde com vocês é bem passada, isso é certo... Portanto, apareçam quando quiserem! ;)

Agora o título!
Hoje foi o tal congresso sobre género, media e não sei que mais. O que é certo, é que foi (não querendo ser mázinha) um conjunto de comunicações manifestamente feministas, algumas mais descaradas que outras, diga-se. Mas, dentro da luta das ladys, nem estava a ser nada mau. Gostei bastante da manhã dos dois dias.... a tarde é que contrariou a tendência. Ora, o assunto é então uma comunicação acerca da música rock e das mulheres, algo do género - não posso precisar, que não tenho comigo os papéis do resumo. Mas, avante! A oradora, uma lésbica não assumida e absolutamente frustrada da vida (cuja última relação amorosa deve ter sido na escola primária) veio apresentar um "estudo" sobre o tratamento conferido às mulheres nas músicas do panorama rock português e, aqui e ali, internacional. Até posso entender e concordar que a mulher é vista como um objecto, de acordo com algumas letras... Mas a música é como a poesia: não pode ser levada à letra!! Só porque o Rui Veloso diz que ele levou o seu anel de rubi e a namorada a um concerto de que ela não gostava e que ela, coitaaaada, se veio embora... isso não faz dele um bruto subjugador da vontade feminina, vitimizado pela namorada que o abandonou no concerto! Outro exemplo notável: "Se eu gosto de ti / Se gostas de mim / Se isso não chega / Tens o Mundo ao contrário". Mas, oh coisinha, onde raio é que tu lês aqui que o sujeito masculino está a obrigar a moça a uma relação ?! ME-DO!! O último, e que me levou a fazer um comentário no momento de debate, foi com a música dos UHF, que eu adoro adoro adoro: FOGE COMIGO MARIA, JÁ! Para a lady-que-acha-que-os-homens-são-mauzinhos, este pedaço de letra, por estar no imperativo, representa uma vontade suprema do homem, que quer » pode » manda » faz acontecer, subjugando a mulher a um papel passivo de receber ordens e acatar, como os chineses. Sinceramente, é demais. Em primeiro lugar, não podemos retirar uma expressão do seu contexto (musical, no caso); em segundo lugar, este tema tem um videoclip em que a dita moça (que vai ser raptada, só pode) está tãããããão contrariada por ir "fugir" (ela vai é ser raptada, já disse, pelo homem-do-saco)!



"Foge comigo Maria » quer queiras, quer não!
Para longe desta terra » ele vai apagar os laços familiares dela!
Meu amor, p´ra toda a vida » vai matá-la, é isso!
É a paixão que nos leva" » paixão?! ele tem um pistola!

Em conclusão, a querida que se assuma! Que compre umas meias às riscas, sei lá; vá por aí cantar Lara Li, Dina ou Lena d'Água a plenos pulmões! Há todo um Mundo a cores para apagar essa frustração! Se ajudar, que ouça BeeGees ou dance Kisomba, desde que deixe o Rock Português longe desses acessos de fúria!

Paz!!

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

eu disse que tinha mais que fazer na quinta-feira

Acordei à hora certa, com o despertador do telemóvel, e pensei se saía da cama ou não. Foi uma daquelas manhãs complicadas em que uma perna pergunta à outra: "Como é? Ficas ou vais?". Acabei por saltar (quase literalmente) para fora cama, que é como custa menos. Logo depois, o duche matinal contribui para despertar, mas o calor do secador de cabelo devolve a moleza e a vontade de regressar à cama. Completamente desorientada com sono, lá fui à procura do Auditório da Reitoria, que afinal nem está assim tão escondido como eu julgava.

É verdade assumida que quando somos obrigados (ou gentilmente convidados) a fazer seja o que for, e mesmo que seja algo muitíssimo bom, acabamos sempre por encontrar defeitos - nem que seja na cor das calças de alguém, nos nós das gravatas, ou até mesmo nos vestidos das senhoras. Quero com isto dizer que a manhã foi aborrecida. Tirar algumas notas começou a exigir esforço demais e o cérebro limitou funções, passando a estado hibernante. Trocar mensagens com a família que está na Bélgica sempre é algo mais acessível, e a que o sistema não se negou.

No furo para almoço, acabámos a discutir a vertente artístico-musical do Tony Carreira e o preço dos bilhetes dos concertos da Rita Redshoes. Caros, concluí.

Na parte da tarde, na qual a presença era opcional, a plateia diminuiu francamente. Fiz questão de ficar, para assistir à comunicação de uma das responsáveis (além da Prof. de Português e da Judite de Sousa) de eu ser caloira de Jornalismo: menção seja feita a Maria Carmo Piçarra (jornalista e investigadora, crítica de cinema com publicações na Première, Independente, Sábado, Visão, Público, etc etc etc). Como seria de esperar, amei. Se a referida fosse cantora, eu seria daquelas fãs com bandeira, cachecol e t-shirt, que vai, no final dos concertos, pedir autógrafos em toda a discografia.

Ora, saí do Colóquio muitíssimo bem-disposta e fui dar um passeiozinho de fim de tarde, rua abaixo - rua acima. A certa altura, as pernas queixaram-se das horas a que foram expulsas da cama de manhã e reclamaram descanso. Acabei por encontrar um cafézinho pequeno, daqueles tão bons que às 19h ainda tem um cliente. Entrei e pedi uma coca-cola [estupidamente] gelada. O dono do café ia cantarolando um fadinho da Amália, todo contente, enquanto se distraía a ver a bola na televisão.

- Oh menina, então o tempo? Parece-lhe que vai chover?
- Ah, eu digo que não. Olhe lá, até já está mais solinho.

Todo castiço nos seus 60 anos, ia demorando a abertura da garrafa de vidro, para trocar dois dedos de conversa - como se costuma dizer.

- Então e a menina não quer petiscar nada? Olhe que as sandes de frango são muito boas, toda a gente diz bem delas!
- Não, obrigado. É mesmo só a coca-cola.

E desistiu. Mas eu, como estava a gostar de ali estar, também me deixei demorar e também me distraí a ver a bola.

- Olhe lá, então e uns tremocitos, quer um pires?
- (riso contido) Não, deixe estar.

Regressou ao balcão e serviu-se de tremoços. E, não havendo assunto melhor, lá regressou - entre tremoços - à meteorologia:

- Isto hoje está um tempo que não se aguenta. Safa!
- (riso contido) É verdade!
- Até me custa que esteja só a buber coca-cola! Não quer um pastelinho de nata?
- Olhe, pode ser! (risos)

E tive de desistir eu, não fosse o senhor lembrar-se de enumerar toda a ementa ou de me ir arranjar um prato de moelas! No final, até me fez um desconto.

Nem devia ser preciso dizer que saí dali mesmo contente. Quase com vontade de ir cantar o "The hills are alive / With the sound of music" para o Jardim Botânico. O dia estava a ser intelectualmente desgastante, nada me podia saber melhor que uma pausa com um "pastelinho de nata", caseiro. Cheguei a casa tão alegre que me passei completamente e fui sacudir os tapetes, varrer o chão, arrumar o armário e as estantes - tudo ao som de José Cid, com a janela escancarada. O quarto ficou a brilhar!

Depois de um duche rápido, voltei a sair para um jantar de MacDonalds, animado como se quer; seguido de uma aventura na estrada com abraços de medo no banco de trás. Regressa-se em bando para um sessão de guitarrada acústica, com vista à criação da primeira boysband mista de Portugal.

Eu acabo a noite no blog, a cumprir vício e calendário.

E com tanto escrito já é sexta-feira! ;)

sábado, 19 de setembro de 2009

O vizinho (2º capítulo)

Como está publicado por aí algures, já tenho quarto na cidade. Estou numa casa muito simpática, com 5 pisos e 14 quartos, uns quantos wc's e áreas comuns - que a senhora empregada varre, aspira e lava todas as quintas-feiras. Hoje fui lá deixar umas tralhas e aproveitei para concluir o processo da matrícula (que dá mais trabalho que o Deus-me-livre-e-guarde) e tratar do cartão multibanco, que me vai fazer muito feliz.

Depois de me ter enganado nas ruas, subido e descido a apanhar chuva na moleirinha, lá acabei por encontrar os 'Grilos, onde tinha de ir entregar papelada. Tratei da minha vida e, pouco depois das 11h, já estava despachada. Fiquei então com a tarde livre para croché e ponto cruz, no meu quartinho azul. Lá segui o meu caminho, na ideia de ir arrumar as loiças e arranjar um cantinho do armário para guardar os cereais - do Lidl. Estava tudo a correr surpreendentemente bem.

Voltei a sair ao meio-dia para comprar o almoço num take away - porque uma pessoa como eu não cozinha, compra fora. Vinha já de regresso, estava no fundo rua, e vi uns cortinados muito cor-de-rosa a esvoaçar de fora de duas janelas. Mais uns quantos passos e percebi que eram da janela da minha casa, do piso acima do meu. Pensei: "devo ter duas Barbie-Girl lá em cima, lindo". E segui, entrei e almocei, que não tenho nada que ir cheirar a vida dos outros.

A certa altura, lembrei-me de perguntar à moça do piso de baixo se ela sabia a password da net - sim, porque o meu barraco é muito desenvolvido e tem a internet em todas as divisões! A rapariga estava de saída, não sabia, mas disse-me para perguntar ao rapaz do piso de cima. Lá fui eu escada acima. Ouvia-se o barulho de uma televisão num dos quartos e bati à porta. Nada. Bati outra vez. Nada. "Mas estão a gozar, carago?" *pensei eu* Nisto, abre-se a porta até metade, para me surpreender com um jeitoso, usando apenas um bonito boxer em tom cinzento, da DIM - vi eu. *olááááááááá, mas quem és tu?* Concentração e password da internet! Também não sabia, ora diabo. Entretanto, ainda lhe consegui fisgar o mobiliário do quarto - e as horrendas cortinas eram dali. Me-do.

Como não havia net, e a guitarra estava danada de desafinada, resolvi ir contar carneiros a saltar vedações. Ferrei no sono imediatamente. Devo ter dormido aí umas duas horas, só não mais porque o Piruças do andar de cima decidiu ligar o cd COMPLETO da Mariah Carey às 4 da tarde. Óh filho, uma coisa é teres cortinas cor-de-rosa... a outra é acordares-me ao som lancinante dos gritinhos da Mariah. Mau, mau.

Já que não dava para dormir, vim pôr-me à janela a ver os carros passar. Passados uns 15 minutos apareceu um Micra todo lançado, no fundo da rua. O estacionamento estava atafulhado de grandes carrões - um Audi lá ao fundo a piscar-me o olho, inclusive. Estava eu tão entretida a ver a vida passar, quando sai de casa (eu vi, porque estava na janela) o tal rapaz, acompanhado de outro. Que me caia já o tecto se eu estiver a mentir: eu NÂO o tinha visto a entrar! Portanto, das duas uma, ou ele se tele-transportou para dentro de casa, ou estava no quarto semi-aberto do semi-despido. Hmmm.

Como se isso não fosse suficiente para uma tarde, ainda descubro que o Audi era do tal vizinho de cima! O AUDI!!! Ora vejamos, tudo bem que tens um Audi *óh Maria Amélia*, mas a não ser que me dês boleia, livra-te de repetir a matiné - e troca-me esses cortinados, por amor do Buda!

Amén

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

a minha vida "daqui a" 10 anos

Hipótese número 1)
"Boa noite, sou a Mariana Pardal e este é o Jornal Nacional."

Eu num apartamento super in em Lisboa, um labrador retrivier e muito whisky. Ordenado chorudo e meia dúzia de aparições na capa da Caras, Vip e Lux - com revelações escandalosas dos podres da minha vida. Tenho liberdade moderada para tratar políticos e juízes abaixo de cão.
Um carro super, super, super topo de gama e meia dúzia de empregados na casa de férias em Cascais. Um jardineiro mulato e um pool-boy absolutamente africano. Vive-se bem.

Hipótese número 2)
Filmes alternativos e sacos cama num sótão.

Eu, o Padeiro e a Pc acampados em Cuba, no Alentejo. Usamos calças hippies, t-shirts dos metallica e o cabelo divide-se entre as rastas e o inacreditavelmente porco. Dormimos no sótão de uma velhinha simpática de 84 anos que todos os dias nos conta um capítulo da vida que se lembra. A Pc sai de manhãzinha para ir dar aulas de história nas povoações vizinhas, ao volante do seu Ford Escort amarelo-ferrugem. Regressa à noitinha, com aparas de giz e borracha no cabelo e papéis colados nas costas. Aos fins-de-semana, vai a casa visitar o marido e matar saudades do gato.
O Padeiro ressona até ao meio dia e eu faço um esforço para não matar (a tiro) o galo da vizinha. Escrevo argumentos e artigos para o jornal da paróquia, faço castings e cenários; Ele grava, realiza, edita e faz as pipocas, para vendermos nas sessões de cinema que vamos fazendo pelas aldeias. O público adora! Somos estrelas rurais, conhecidas por essa Beira Interior acima - e abaixo. Somos felizes comó caraças.




Além de sermos atropelados por uma quadriga desembestada de vacas mirandesas e enfeitiçados pela vindente Ema do Jumbo, garantiu-me Merly de Manfredo que, daqui a 10 anos, hei-de ser estupidamente mais feliz que e Heidi - na hipótese 2.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

As comadres vão à festa:

Ó Vanessa, já está mais que na hora de nos irmos aperaltar, filha! Tarda nada fica tarde, e parece mal chegar já com a festa a meio. Até já as meninas repórteres (que estavam, como disseste bem) aviadas, já foram à sua vida, buer uns bacardis!

Andor, agarra as tamancas e vamos embora.


Olha, não vá o diabo tecê-las, traz a renda para a gente se entreter. Eu levo um taparwer com bolos de bacalhau (caseirinhos), caso nos dê o apetite.

Vá lá ver! Que já estamos atrasadas!

[ CONTINUAÇÃO em ... http://seiegosto.blogspot.com ]

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Insolação & Rock in Rio

Começo a desconfiar dos protectores solares de factor 50 e cheiro a ervinhas campestres. Lembro-me perfeitamente que pus creme nos ombros, pernas, cara e pedi para me porem nas costas. Depois deitei-me na toalhinha, e adeus Mundo - por duas horas e uns trocos. Acordo apenas para responder às mensagens e para me virar para outro lado, género torrada.

Quando acaba o dia de praia, levanto-me finalmente e (Credo, Nossa Senhora) que tenho as pernas vermelhas... Não sei se foi resultado dos raios ultra-violentos ou das mezinhas que foram feitas aí por esse país - de Norte a Sul - a pedir que Mariana Pardal tivesse uma insolação. Seja como for, resultou! Estar em pé? Dói. Se me sento? Dói. Cruzar as pernas à chinês? Impossível. Ter um andar novo nos próximos dias? Provável... muito provável.

Do que eu precisava, era de Ice Tea e creme hidratante em doses animalescas, mas não. É muito mais giro ir tocar gaita numa canoa, aí por esse Rio Mondego. Quiçá, chegar mesmo à loucura de ensopar o rabo, as pernas e as costas. Aliado a isto, uma família de gipsys que decide dar um arzinho de sua graça, um chinês a tocar tambores numa placa de madeira muito manhosa, um trompetista a seguir-lhe o exemplo e meia dúzia de crianços com hormonas instáveis, a abanar as canoas e seus gaiteiros.

Amanhã, mais um ensaio de Rock in Rio Mondego(1).. para preparar os espectáculos de 30 e 31.
Público? Espera-se que seja bastante alternativo, e aos milhares!

Nota
(1) expressão originalmente usado pelo Boss, para descrever todo o ambiente vivido nos ensaios à beira-rio, antevendo também o clima de loucura que emanará do espectáculo.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Take it easy

Dizer sim, com a mesma facilidade, a ir tocar guitarra na missa campal do Tojeiro e a ir tocar gaita de foles em cima de uma jangada, no rio Mondego, com orientação de uma espanhola alternativa do Citemor é, sem dúvida, a nota de relevo do dia de hoje.

E eram 22 de Julho de 2009.

Amanhã, lá para o fim da tarde, primeiro ensaio com as ditas gaitas. Fixe...

["That's why I'm easy / I'm easy like sunday morning"]

quarta-feira, 24 de junho de 2009

arraial de S. João

Festa que é Festa faz-se com as webs do Msn; meia dúzia de parafusos a menos em cada uma das respectivas cabeças; pedacinhos de 10 segundos de músicas de arraial; muita figura de urso; e folhinhas a desejar um Feliz São João (quase como se fosse Natal):



(é um facto, eu ser ligeiramente atolambada, daí os meus votos estarem do avesso. nada de grave, por enquanto)

domingo, 31 de maio de 2009

Energia

Uns nascem com ela, outros compram-na em latas de 250 ml:



Toro Rosso é aquela especialidade que nos mantém despertos dia e noite, noite e dia. O salvador nos dias de testes e nas noites de chiripitis - melhor ainda quando coincidem.
Já tenho problemas diagnosticados para os 20, e o Padeiro partiu a cabeça. Mas não há-de ser nada! ;)

Terça-feira, é dia de Red Bull!

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Provei, e perdi o juízo.

Segundo a treta dos horóscopos, o grande dia desta semana ia ser quinta-feira, para o meu signo. Tudo indicava para que o palpite do/a adivinho/a (não me lembro), saísse furado - com a ida ao zoo adiada por tempo indeterminado.

Mas a quinta-feira começa à meia-noite, certo? :)
Portanto, o importante da noite será mesmo destacar "Quem comeu quem. Aliás, quem comeu o quê!!!".

Quanto a mim, juro que me fiquei pelo McChicken. Mas como alguém sabiamente referiu, da maneira que estávamos ontem, marchou tudo. E mais não digo!

[ Valeu a pena ir a ouvir Dina, Anjos, AC-DC e Michael Jackson até à figueira, correr as capelinhas todas à procura de jantar e acabar a fazer figura de urso nos bancos da praia - afinal não foi assim tão triste como disseram por aí. ]

É muita fruta, pá! :P

segunda-feira, 23 de março de 2009

5 dias...

e ainda me falta:

- Fazer o teste de economia;
- Apresentar o trabalho de sociologia (aquele que ficou transformado em vaso);
- Arranjar um malote de viagem;
- Ir às compras;
- Comprar bolachas, águas, sumos, toro rosso e etc's;
- Orientar peúgas para 8 dias e 5 noites;

mas... já temos música!


Vamos ter uma longa noite
A melhor de todas
A melhor de sempre

És a Rainha da Noite!!

arióps! ó se vamos!! ;D

sábado, 21 de março de 2009

Vandalismo / Runnaway

Celebrar a chegada da Primavera a cantar "Rainha da Noite" é bom. Mas vandalizar (literalmente) o pówere pointe de sociologia, transformando o cd num vaso de mijonas é ainda melhor.

Woooo! :) Para breve.... a co-incineração do enunciado do teste.

_________________________________

À parte do vandalismo... e não tem absolutamente nada a ver... a música de hoje! ;D



"I'm walkin' in the rain
Tears are fallin' and I feel the pain
Wishin' you were here by me
To end this misery
And I wonder
I wah-wah-wah-wah-wonder,
Why,
Why, why, why, why, why she ran away,
Yes, and I wonder,
Where she will stay-ay,
My little runaway,
Run, run, run, run, runaway"

sábado, 13 de dezembro de 2008

As 'Marias vão!


Depois de dias conturbados carregados de incerteza.... chegaram os vereditos finais (e a altura do pagamento):



AS 'MARIAS VÃO A LLORET!
e será a pêga da loucura! :) :) :)



P.s. Vamos fazer por aparecer no telejornal da TVI, na altura em que os bestas dos repórteres vão filmar as ambulâncias com a meia dúzia de doidinhos que ficam em coma alcoólico na primeira noite! As 'Marias, como pessoas responsáveis que são, vão aparecer com os seus Ice Tea a dançar o vira! ( E VIRAA! )




Nós vamos, conho! :)

sábado, 6 de dezembro de 2008

5 Dezembro - Paródia

Será que estas raparigas não conseguem manter a seriedade numa instituição tão digna de respeito como a Faculdade de Direito? Mas vejamos... que culpa têm elas (nós, aliás) se tem de conviver no mesmo espaço que esta criatura??

^ Veja-se a atenção a cintilar nos olhos de Ana Lúcia, todo um cabelo com caracóis perfeitos, a boca aberta em sinal de espanto e aprovação... Isto, caros leitores, isto sim é atenção. Vale a pena sair da casa para ver isto, oh se vale!



^ Mais vale prevenir que remediar! E, neste caso, é muito útil ter um baralho de cartas quando se está duas horas e meia a assistir a um simulacro de julgamento (diz que agora andam na moda...) sobre um segurança que ficou triste durante uma semana porque um homem lhe chamou "porco", "cachopo" e "rafeiro"... SINCERAMENTE!!!




^ E fica então o filme... já nem sei bem o que a esperta da Ana Lúcia estava a dizer, por isso o filme não está legendado! Mas acreditem.. não perdem nada em não saber!! :)















» Já na viagem de regresso... digam lá se não parecem os velhos da tasca a jogar à bisca?? iii, viciadas! :)
Luci: "Hoje sinto-me imbatível!"
Contudo.. quem ganha os jogos todos sou eu!! ;)

E viva o Jogo da Burra! Tirando as tartes de maçã do macdonalds e o simulacro de julgamento.. foi, sem dúvida, o melhor desse dia! :)

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Listerines em acção!

Enquanto o blog dos Listerines está em banho-maria, seguem aqui as fotos do primeiro dia de gravações! :)

Não sejas cego! A homossexualidade não é um drama!

(anda por ali infiltrado um Pinhão Verde, no meio dos Listerines! E estamos todos baixados para ficarmos da altura da Pc!)


Wuaaaaah! Esquadrão de ataque ao preconceito!

(da esquerda para a direita: Padeiro - lá no fundo -, Bruno, eu, Ricardo, Luci, Pc e João - cá à frente ... nem todos são Listerines, mas é sempre óptimo ter figurantes! )


Pedro, eu, Freitas, Luci, e Pc

(para o que nos havia de dar!) ;)



Os Listerines masculinos, no domínio completo! :)

P.s. Assim só num de conclusão... está bom de ver que não gravámos um segundinho do clip sobre a transexualidade! Mas digamos que estivemos em preparação! :)
E gravámos outros vídeos... que talvez um dia aqui apareçam! Aqui, ou melhor, no blog dos Listerines!

domingo, 26 de outubro de 2008

Visita de "estudo" de História (até parece mentira!)

Quarta-Feira, antes de mais, dia de celebrar a vitória da Lista [ C ]! Aqui vai a bancada presidencial com JokzZ (presidente do Departamento da Viagem de Finalistas), Bruno (Presidente da AE) e RiczZ (presidente do departamento de desporto)




Completamente "drogadinha" com os vomidrines (aqueles comprimidos para o enjoo) está claro que a Pc tinha mesmo de ir a dormir até Lisboa!

(Digam lá se não parece uma versão menos religiosa da Virgem Maria??? É de mim, ou aquele gorro na cabela dá-lhe um arzinho angelical?) :)




Já no Museu Colecção Berardo (aquele que um dia teve a infeliz ideia de dizer: "Fuck Rui Costa", e passou a ter a cabeça a prémio!)

Conclusão... Pedro, podes sorrir... Pc, estás à vontade para fazer perguntas (do género: "Falta muito para a hora da sesta?) , mas Padeiro, não podes trazer animais para o museu!

(águias então esquece!)





"Porque nesta obra de arte ficamos com a ideia de pertencer ao quadro, que aliás tem por base uma chapa de vidro que espelha as imagens"

Ou seja, os senhores presidentes estão todos a ir à fonte! Em filinha... atrás do parolo das calças arregaçadas à Beattle, com a bilha amarela!

Enfiiim! Para o que eu havia de estar guardada! :)




Lá vai o coitado do hamster que anda a bater nos canos do sábio que passo a citar: "Sometimes you win, Sometimes you lose, Sometimes it rains."

(e não me venham com histórias que era uma bola que lá andava dentro! nitidamente... um hamster!)






Pequeninas homenagens à nossa querida Luci, que não pode estar presente uma vez que tinha gravações do seu programa pseudo-infantil!

(LUCY.. o momento está a chegar!)






Já no (lindo?) museu do Neo-Realismo! A Tia Faty com o melhor livro do museu...

(Por almas danadas entenda-se "alunos do 12º F")

:)




A única arte que valeu a pena admirar naquele museu!



Fogo Taths... até me desfocas!

:)






Assim já numa de despedida... ainda houve tempo de envergonhar a Tia, atravessar uma zona relvada e fazer figura no monumento à Tourada!
É importante esclarecer que o que se vê nesta imagem é uma "pega de caras" profissional, com Marina e Mara a rabejadoras ; Mateus, eu e Pc a agarrar o animal, Pedro nos cornos da criatura e claro, o Presidente a supervisionar! :)




Fica o vídeo...