Quantas vezes vou a escrever e risco tudo. Mando o caderno à me***, como se tivesse culpa do que não me sai. Porque vou, mas nunca é bem "ir". Como agora, vá lá ver. Esta treta que me faz gastar tanta tinta, podia muito bem ser algo que encontrei escrito em algum lado, por aí. Que não fosse meu - faz sentido? Eu chegava, lia e ria. Arranjava; arranjava não, surgia. Surgia logo maneira de se fazer piada. Porque para gozar é mais simples. Aparece uma pessoa que nem bate à porta. Chega e instala-se, porque é confortável. Mas quando é suposto, quando quero mesmo falar sério, não consigo.
E quantas vezes começo; quantas vezes já vou a mais de meio e páro, volto atrás e pergunto "que por** se passa ali?". Talvez me fosse mais fácil falar. Mas não é assim, esbarro no mesmo muro. Dá-se o caso de ficar atada, e fazer piada fácil - e feia. Sei qual é o problema: não tenho nenhuma personagem para mim.
E quantas vezes começo; quantas vezes já vou a mais de meio e páro, volto atrás e pergunto "que por** se passa ali?". Talvez me fosse mais fácil falar. Mas não é assim, esbarro no mesmo muro. Dá-se o caso de ficar atada, e fazer piada fácil - e feia. Sei qual é o problema: não tenho nenhuma personagem para mim.
Que se dane,
vou deixar a rua me levar.