Aquilo continua a mesma comédia. E podia exemplificar com qualquer naipe, mas apetece-me começar pelos trombones. O mais 'antigo' continua a precisar de estudar a lição número 1 do solfejo, o outro está constantemente sob o efeito de substâncias menos lícitas e modificadoras do raciocínio. Isto num só naipe. Nos vizinhos do lado, temos o colega B. e a sua insaciável necessidade de expressão. Não há uma rapsódia popular em que não me chegue a voz melodiosa do dito rapaz. E eu estou quase na outra ponta da formatura, na sala de ensaios. Ao lado, as tubas e o contra-maestro que rege a 3 as músicas da tourada (que, fica registado, são a 4!). Perto de mim, os saxofones. E se, há algum tempo atrás (antes de eu ter feito a pausa de um ano a serviços e ensaios) nada havia a apontar, eis que agora começamos a descobrir-lhes alguns podres. E, se não podemos apontar o dedo à pré-escola de garotos que foram chutados da Escola de Música para a Filarmónica, podemos certamente fazê-lo aos da minha geração. E, não querendo descer o nível (na esperança de que o B. o faça no seu comentário) não me pronuncio mais acerca deste assunto. E desenganem-se ao pensar que não tenho a decência de detectar as falhas dentro do meu próprio naipe! A nossa chefe, por obrigações da vida das pessoas crescidas, não está presente há um ano. E eu, vice-chefe, fui quase promovida para um lugar cobiçadíssimo. E vejo, lá do alto do meu poleiro, bracinhos que se esforçam por me gamar os papéis de primeira Flauta. Mas, ide com o caraças, há que comer muito cerelac antes de cá chegar! Também eu toquei, com todo o orgulho e cagança, os papéis rasonhos de oboé, de terceira e de segunda flauta! E, imaginem lá, ainda bem! Mal seria da ambição para ficar com os solos antes de saber ler uma partitura - e fazer a borrada que a outra fez no concerto de Natal, nunca me irei esquecer! E sim, há alturas em que queria ser dos clarinetes. Raramente têm crises, lá consomem as suas substâncias e conseguem tocar tudo direito. Fantástico, não é? Substancialmente melhor, a nossa percussão. Os dois palermas lá continuam, mas isso será sempre uma causa perdida. Felizmente, conseguimos perder uma aspirante a percussionista (e seus botins envernizados) e ganhar um puto com algum sentido de ritmo. Há esperança!
E assim continuamos, todas as sextas-feiras a partir das 21:30h. Agora a ensaiar as (feíssimas) músicas para as procissões e arruadas das festinhas de Verão. Piscando o olho, no final do ensaio e num grupo seleccionado, aos nossos anos dourados - quando tocávamos o Fantasma da Ópera, os Piratas das Caraíbas e a Alda. Para estes também há esperança. Só não há músicos!
P.s. Aparentemente, continuamos a ser "patrocinados" pelo tio Jacob de Haan, ou o maestro comprou as partituras todas num pacote promocional.
E assim continuamos, todas as sextas-feiras a partir das 21:30h. Agora a ensaiar as (feíssimas) músicas para as procissões e arruadas das festinhas de Verão. Piscando o olho, no final do ensaio e num grupo seleccionado, aos nossos anos dourados - quando tocávamos o Fantasma da Ópera, os Piratas das Caraíbas e a Alda. Para estes também há esperança. Só não há músicos!
P.s. Aparentemente, continuamos a ser "patrocinados" pelo tio Jacob de Haan, ou o maestro comprou as partituras todas num pacote promocional.