segunda-feira, 2 de maio de 2011

não sei falar disso.

Pensei que fosse óbvio. Julgava que meio-mundo já tinha percebido, mas os sinais enganam. Interpretar é uma treta, ter de ler cada palavra mil vezes para tentar perceber se afinal queres ou não. É um quebra-cabeças diário, constante. Mas amuei, como as crianças, e não quero brincar mais. Não quero conversas dúbias, olhares trocados nem a treta do umbigo. Não, que o tapete foge. Quero beijinhos de boa noite, de bom dia e de boa tarde. Tudo aquilo a que tenho direito. Mas quero que saibas que quero mais, que os quero a sério. Que se lixem os telemóveis e o facebook.
Habituei-me a que digas que não, por brincadeira. Não me magoa quando o fazes, nem se o fizeres agora. Prometo, juro, que é tão simples como das outras vezes. Não vai haver cenas de joelho no chão, dedicatórias em cartolina (como as que havia nos portões da Secundária). Isso custa muito, mata. E, afinal, nem é assim tão complicado falar disto - até um baralho de cartas do chinês consegue! Então, fica escrito: gosto de ti. Não digo a outra palavra porque soa mal. Como ela diz, a protagonista do meu filme preferido, "se calhar é por ser em português. Quando se sente é bonito, mas quando se diz parece ridículo. Percebes?"

3 comentários:

Caramela disse...

Espero q sim, que se perceba... Que te percebam! Não é dificil ;)

Mariana disse...

Gosto da paixao =) (que e ridicula mas boa)!

odeioervilhas disse...

Mariana,
(óh fonseca, vi logo que eras tu!)