quarta-feira, 29 de julho de 2009

Insolação & Rock in Rio

Começo a desconfiar dos protectores solares de factor 50 e cheiro a ervinhas campestres. Lembro-me perfeitamente que pus creme nos ombros, pernas, cara e pedi para me porem nas costas. Depois deitei-me na toalhinha, e adeus Mundo - por duas horas e uns trocos. Acordo apenas para responder às mensagens e para me virar para outro lado, género torrada.

Quando acaba o dia de praia, levanto-me finalmente e (Credo, Nossa Senhora) que tenho as pernas vermelhas... Não sei se foi resultado dos raios ultra-violentos ou das mezinhas que foram feitas aí por esse país - de Norte a Sul - a pedir que Mariana Pardal tivesse uma insolação. Seja como for, resultou! Estar em pé? Dói. Se me sento? Dói. Cruzar as pernas à chinês? Impossível. Ter um andar novo nos próximos dias? Provável... muito provável.

Do que eu precisava, era de Ice Tea e creme hidratante em doses animalescas, mas não. É muito mais giro ir tocar gaita numa canoa, aí por esse Rio Mondego. Quiçá, chegar mesmo à loucura de ensopar o rabo, as pernas e as costas. Aliado a isto, uma família de gipsys que decide dar um arzinho de sua graça, um chinês a tocar tambores numa placa de madeira muito manhosa, um trompetista a seguir-lhe o exemplo e meia dúzia de crianços com hormonas instáveis, a abanar as canoas e seus gaiteiros.

Amanhã, mais um ensaio de Rock in Rio Mondego(1).. para preparar os espectáculos de 30 e 31.
Público? Espera-se que seja bastante alternativo, e aos milhares!

Nota
(1) expressão originalmente usado pelo Boss, para descrever todo o ambiente vivido nos ensaios à beira-rio, antevendo também o clima de loucura que emanará do espectáculo.

domingo, 26 de julho de 2009

"Gaiteirices"

Relativamente ao sururu criado pelas gaitas, aqui fica um balanço da situação, ao nível dos novos conhecimentos já adquiridos:
- Todos os gaiteiros já sabem pegar numa gaita e fazer um aquecimento;
- As buças ligam os apêndices à gaita;
- Não se deve apertar demais, porque a gaita chia;
- etc, etc, etc

Amanhã será então o primeiro ensaio ao ar livre, pelo que se espera um trauma na população da, em tempos, pacata vila de Montemor.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Take it easy

Dizer sim, com a mesma facilidade, a ir tocar guitarra na missa campal do Tojeiro e a ir tocar gaita de foles em cima de uma jangada, no rio Mondego, com orientação de uma espanhola alternativa do Citemor é, sem dúvida, a nota de relevo do dia de hoje.

E eram 22 de Julho de 2009.

Amanhã, lá para o fim da tarde, primeiro ensaio com as ditas gaitas. Fixe...

["That's why I'm easy / I'm easy like sunday morning"]

terça-feira, 21 de julho de 2009

Ultimamente...

"Repensando a trajectória até aqui
Clareando as ideias pra melhor prosseguir
Eu me lembro, na caminhada
Repensando a cada encruzilhada
De decisões certas
De decisões erradas
Entre você e o sol, um longo caminho
Com muitas nuvens, trovões, rosas e espinhos
Sozinho ou não
No seu coração a intuição te canta a direcção
(Te canta a vida nessa imensidão)

Ando pensando, procurando coisas pra dizer
Que não fazem sentido longe de você
Estava me sentindo estranha, com vontade de te ver
Sonhando, imaginando coisas com você
(Estava imaginando coisas com você)"



Credo. Há alturas em que me sinto tããão bipolar.

sábado, 18 de julho de 2009

Jornalismo (vs) Estudos Artísticos

Vejamos se isto, elencado, faz algum sentido:

Jornalismo
Prós:
- Permite-me escrever bonitas crónicas, com frases geniais que não dizem absolutamente nada;
- É um curso geralmente bem aceite;
- Com sorte, arranja-se um empregozinho razoavelmente seguro;
- É muito mais o meu estilo;
Contras:
- Tem montes de cadeiras relativas a História Conteporânea;
- É possível que me falte a inspiração durante um mês e não consiga escrever senão sobre moscas;
- Pode realizar-se a mítica visão da jornalista frustrada, afogada em olheiras e whisky, num apartamento imundo partilhado com um golden retrivier,

Estudos Artísticos
Prós:
- Poder gamar apontamentos e explicações ao Padeiro;
- O facto de permitir uma enormidade de saídas profissionais em áreas super hiper mega ri-fantásticas;
- A formação musical podia ser útil;
- É muito mais o meu estilo;
Contras:
- O "terceiro elemento", aquele cujo-nome-não-deve-ser-pronunciado ;)
- Ter de organizar (e manter) um portefólio - não há paciência, desculpem;
- Não tem um reconhecimento assim tão grande, em parte por ser um curso recente e quase único no país;


No fundo, já fiz a candidatura online. Em primeiro lugar ficou o Jornalismo, e digamos que há cerca de 70% de probabilidade de ficar com uma das 40 vagas. O que não quero mesmo é acabar o curso para ir fazer reportagens da Tvi em Roças, ou entrevistas que acabem na secção de apanhados do YouTube!
Por outro lado, às vezes ocorre-me que os Estudos Artísticos são só um devaneio de fim de tarde. Mas se penso outra vez no caso, concluo que seria feliz e realizada a fazer (com uma certa remuneração...) aquilo que fizemos nas Escolíadas: partir do zero, polir uma ideia muito descabida, inventar uns dinheiros que a suportem, escrever um guião, fazer ensaios e depois vénias.

Enfim, continua sem fazer sentido nenhum. De qualquer forma, vou gostar muito de ficar na primeira ou na segunda opção! ;)

Beira-Rio


"Saio porta fora / Vou por aí, pelos caminhos"

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Joder, yore muxissimo.

Deixa de ser apenas mais uma série quando todas as quartas-feiras, religiosamente como quem não perde as missas ao domingo, vês o episódio da semana.

Joder, que yore muxissimo con el puto final.


(Foi nesta parte que tive de ir a correr buscar um rolo de papel higiénico, porque a almofada já não servia).

Joder. Mataram o preto, o gay, a lésbica e o extra-conjugal; a insegura trocou o co-marido pelo marido regressado do raio que o partisse; enfim, entre mortos, feridos e trocados são mais que muitos. Os guionistas mereciam duas chapadas. Ninguém morre no dia do casamento, não pode.

Moral da história: Mariana Pardal, deixa de ser parva e não sigas séries espanholas que começaste a ver em Lloret - obviamente que acaba mal.

Los Hombres de Paco - El desenlace

terça-feira, 14 de julho de 2009

Amizades e balões de ar quente

Há aquelas pessoas a quem damos o apelido de amigos. Malta com quem soltamos umas gargalhadas dia sim/dia não e que até vão sabendo umas coisas sobre a nossa vida. Colegas que, aos 17 anos, já nos convidam para o casamento e baptizado dos cachopos, com festa cigana de uma semana ou duas. Estranhamente, encontramos cópias dos nossos números de série noutras criaturas e vai sendo engraçado partilhar interesses e cds.

Não é que seja absolutamente destituída nestas coisas, simplesmente... cometo imprecisões. Outras vezes, funciona tudo perfeitinho. Por exemplo, a minha bipolaridade é curada com o Chibambo - e funciona por troca directa, tipo comércio com os pretos, à montes de séculos atrás. Fica-se com aquela sensação de "elá.. este caraças começa a saber muitas coisas", misturada com "que se lixe, também sei cenas vergonhosas dele!" ;)

Costumam fazer aquela questão parola do sacrifício (por quem é que arriscavas a vida, esse tipo de histórias). Há algum tempo deixaram-me a dar voltas com uma diferente. Imagina que estás num balão de ar quente, uma cena muito de filme, com aquele núcleo pequenino que são os teus Melhores Amigos. A certa altura reparam que a bodega do motor está com problemas e vai deixar de funcionar a qualquer momento, se não foi aliviada a carga. Mesmo depois de se mandarem ao ar (jura!) os sacos de areia o motor continua a queixar-se. É preciso que alguém salte fora. Com um a menos, safam-se os restantes e fica só um cadáver para o CSI analisar. Agora... a situação é a seguinte: porque é que NÃO deves ser tu a saltar?

Isto, porque há amigos. Os recentes, que conheces-te por acaso, porque nesse dia não choveu. Esses e os de sempre, pessoas a quem podias contar a tua vida toda numa noite de cafés e guitarras, sem rodeios e sem excepções. Mostravas, sem problema, as fotografias todas da infância - mesmo quando o cabelo à tigela e os collant de renda foram moda. Não há problema se te encontrarem numa crise chorosa, depois de um daqueles livros lamechas que te emocionam sempre - e que, involuntariamente, decoras.

Seria por quem me dá abraços apertados, género emigrante regressado em Agosto, mesmo que tenha estado comigo há meia hora, que atirava as regras do jogo às couves, e me mandava de cabeça do tal balão. Porque "Tudo o que te dou / Tu me dás a mim".

P.s. Estas cenas só me ocorrem, por escrito, no exame de Português ou no blog, quando há jetlag entre a uma e as duas da manhã - não há, portanto, razão para alarme.

P.s.2 Normalmente, aquilo que quero dizer já alguém disse. Na maior parte dos casos, bem melhor:

"Os amigos. Entrariam por uma casa em chamas para nos salvarem. Mentem por nós à nossa própria mãe. Sabem de nós mais do que somos capazes de lhes dizer. Jurariam que à hora do crime estávamos a tomar chá com eles. Mesmo que a polícia nos encontrasse com as mãos cheias de sangue. «São rosas, senhores. Andei toda a tarde a cortar rosas, senhores. Sangue de espinhos, senhores.» Eles exigem-nos coisas de nada. As nossas lágrimas. O nosso lenço de assoar. A pele dos nossos inimigos. As batatas fritas do nosso bife. A nossa melhor roupa, por uma noite. Exigem-nos tudo quanto nos dão. É preciso regá-los regularmente: e é nos ombros deles que cai toda a água dos nossos olhos. Eles espevitam-nos o sentido de humor quando menos nos apetece. E DEPOIS FICAM CONNOSCO QUANDO AS LUZES SE APAGAM E TODA A GENTE SE FOI EMBORA. SÓ AOS AMIGOS É DADO O ESPECTÁCULO DA NOSSA MISÉRIA."

» Inês Pedrosa, A Instrução dos amantes

sábado, 11 de julho de 2009

Teria sido mais fácil

1) Se me tivessem avisado que o Trotsky (aquele que foi importante na medida em que teve um papel decisivo naquela luta muito conhecida dos Vermelhos contra os Brancos), é o indivíduo que hoje que dá a cara à empresa da fast-food:




2) Se me tivessem avisado que o actor que faz de Rocky (e logo eu que nem gosto nada do Rocky VI), o Stallone, foi mesmo indispensável na Urse e afinal - quando era novo - fez de Borat nos filmes de Hollywood. "Ele há coisas".

terça-feira, 7 de julho de 2009

I'll getcha ya...

Além da minha estupidez crassa, e várias vezes comprovada, cheira-me que o corrector de alguns exames era ligeiramente cepo. Como é sempre mais cómodo culpar os outros, a culpa fica consigo, Senhor Corrector.

Está mais que lixado, Excelência!

P.s. Como diz Homer Simpson, esse poeta e pensador: "A culpa é minha e eu ponho-a em quem quiser".


MusicPlaylist
MySpace Playlist at MixPod.com


segunda-feira, 6 de julho de 2009

Isto das Férias.

Isto das férias tem muito que se lhe diga. Fica-se por casa, sem obrigações que não sejam estender e apanhar a roupa ou por a mesa e lavar a loiça. E este nem é o pior dos males. Quando há aulas logo às 8:30 da manhã, sempre se tenta dormir umas horas e tomar café (ou Red Bull, para o clube). Nas férias, dou por mim na deprimência de ainda estar de olhos estupidamente abertos nas madrugadas do “Toca a Ganhar” – mau, muito mau.

Outro aspecto negativo das férias é a completa inutilidade em que me transformo. Sinceramente, um ácaro faz mais que eu. Óviamente que, depois das matines televisivas quase até às televendas, só abro as pestanas à hora de almoço. É aqui que há a imundice de trocar o pijama (imediatamente) por um fato de treino pestilento, esfregar os olhos e orientar o cabelo – enquanto invento um ar super desperto para ir dar os bons dias aos que chegam do trabalho, depois de uma manhã extenuante de reuniões e concílios.

Sem paciência para aturar os stresses naturais de que faz alguma coisa pela vida, há que arranjar um bunker. Nisto, o quarto começa a ser a única divisão da casa. Liga-se o ar condicionado na potência máxima do frio e as gavetas passam a servir de frigorífico. Acumula-se roupa em todas as superfícies, porque se está de férias.

Actualizar a biblioteca do ITunes parece mais complicado que resumir o Memorial do Convento, e mesmo as fichas de História seriam uns óptimos aperitivos para as noitadas de Mentes Criminosas. Além disto, sem a escola, diminui drasticamente o nível de informação: não há boateira sobre quem é que usou os WC (com quem) para algo mais que o habitual chichizinho, não há CEFas a prenderem os saltos agulha no chão e há algumas semanas que as minhas Terças-Feiras deixaram de incluir Red Bull e a revista Maria.

A parte chata das férias é que não há nada a infringir. Durante o tempo de aulas, há que faltar uma meia dúzia de vezes para manter o nível de auto-estima e rebeldia nos píncaros. Agora, não há assuntos interessantes de véspera de teste. Já ninguém descobre que afinal não há Tigres, só Dragões – que a voar são patos. Mas que, quem voou mesmo foi o outro (o que é que ele há-de fazer?) bem se lixou, foi assado sem batatas e sem azeite.

Porque não tenho (obrigatoriamente) de escrever, de moderar a emissão de pescadas ou de usar vocabulário específico, deixo de o fazer – e este blog começa a ficar michuruca. Meia volta mais tarde e foge-me a mão da pena para a cintura, o pé do sapato para o chinelo e a cabeça daqui para ali. O coração, se for batendo assim, é sinal que ainda não tenho arritmia.

sábado, 4 de julho de 2009

yes, weekend!

Não podia estar mais de acordo com a Justina, relativamente ao facto de, depois de uma semana de trabálio, o melhor é ir para o bailarico. Portanto, Manés e Marias, vamos gozar a nossa saúde porque, ao fim e ao cabo, a vida é mesmo esta.

(com a qualidade normal é bom, mas em HQ é um primor)




("A jovem cantora luso-americana Jenn Justina com elementos do conjunto Os Justinos incluindo o seu irmao Jason no acordeao neste videoclip. Gravado em Fall River nos EUA durante um arraial. Producao do Jack Sebastiao incluindo a letra e musica.")

P.s. Nunca me tinha deparado com uma conjugação tão perfeita de "rabo" e "virtude". Magnífico, Justina.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

1 ano

passado neste canto, entre desabafos e estupidezes. O primeiro ano de existência de um blog que começou por piada, porque até seria interessante publicar meia dúzia de tretas que volta e meia me ocorrem.

O primeiro de muitos, digo eu.

É altura de festejar, mesmo com atraso de um dia, o aniversário do "Odeio Ervilhas" ;)
Entre promessas de que as sopas, cremes, refogados entre outras receitas com especiarias, se vão manter, sempre fresquinhas que nem alfaces - perdão, que nem ervilhas! :)


(No. You are smelling Peas, Green Peas)