segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Yes, we can ... ?



Isto só lá vai com um Buraka em cada esquina
Um bacano que domine a Buraca, a Damaia e a Serafina
Isto só lá vai com quem resolva o problema
É preciso um novo método: um Baraka Som Sistema

Isto só lá vai com um brother Luso-Africano
Um bacano nascido em Almada
Ou em território Angolano
Isto só lá vai com o hino em Kisomba
O Parlamento no Mussulo
Ninguém dorme, tudo bomba!

Iá, nós podemos
(Baraka Obama, oh oh oh)



"Quem é que diz que nós não podemos? Podemos sim, porra!"


P.s. Afinal os professores gostam muito da Milu; os enfermeiros não vivem sem a Ana Jorge; e o país em geral adora o curso tirado ao domingo do Engenheiro Sócrates.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Gripe B

Só os rebuçadinhos do Santo Onofre é que me acodem.
Tenho, pelo menos, um berbequim, uma serra eléctrica e meia dúzia de lixas presas na garganta. Juntando a isso um voz de bagaço velho e as alterações climáticas que (aparentemente) só eu sinto, dá para ter uma pequena ideia do bonito estado (de graça) em que me encontro.

Tirei a tarde para me deixar estar na cama, com os meus Onofres e águinha del cano - que na vida do estudante não há luxos de tomar chá. No máximo, arranjam-se duas almofadas para as costas e uma mantinha para por nas pernas.

Vou-me entretendo a ler o semanário SOL e a catrefada de revistas que vêem de bónus. Deixo no repeat uma música qualquer do chill out e faço um esforço para não adormecer às 5 da tarde. Apetece-me meter conversa com os contactos todos que estão online, mas sei que me vou aborrecer e acabar a fazer uma tese sobre o sabor dos peitorais Santo Onofre.

Se a minha tarde não é a pura da deprimência, não sei o que será.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

o C.U. do caloiro

Graça: Mariana
Gracinha: Pardal
Dentição: 18
Estrebaria: Montemor-o-Velho
Pasto: JORNALISMO
Fetiche: Encontrar um fetiche decente » Fazer como no Discovery Chanel (1)» Fazer o amor com o Dr. Custódio (1)

(1) devido ao meu grau de decência, as Doutoras acharam bonito adicionar estes dois fetiches


Descrição:
O caloiro é um animal.
O caloiro reconhece os Doutores pelos sapatos.
O caloiro não levanta os olhos do chão.
O caloiro obedece.
O caloiro não tem opinião e não responde.
O caloiro não canta, grita.
O caloiro abana as ancas.
O caloiro é um ser assexuado.

O grito do pasto:
NÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓS, somos de JORNALISMO!
É foda e dinamismo!
É a malta mais poteeeeente!
É a malta do caralho,
a que tem maior vergalho
E que fode toda a gente!

Recapitulando, porque o caloiro é burro ...

QUAL É, QUAL É ?

QUAL É, QUAL É O MELHOR CURSO?

É O CURSO COM MAIS DINAMISMO!
É O CURSO DE JORNALISMO!



Pfu ... coisa que não vai haver esta semana é R.E.S.P.E.C.T.
CALOIRA sofre p'ra caraças.

sábado, 19 de setembro de 2009

O vizinho (2º capítulo)

Como está publicado por aí algures, já tenho quarto na cidade. Estou numa casa muito simpática, com 5 pisos e 14 quartos, uns quantos wc's e áreas comuns - que a senhora empregada varre, aspira e lava todas as quintas-feiras. Hoje fui lá deixar umas tralhas e aproveitei para concluir o processo da matrícula (que dá mais trabalho que o Deus-me-livre-e-guarde) e tratar do cartão multibanco, que me vai fazer muito feliz.

Depois de me ter enganado nas ruas, subido e descido a apanhar chuva na moleirinha, lá acabei por encontrar os 'Grilos, onde tinha de ir entregar papelada. Tratei da minha vida e, pouco depois das 11h, já estava despachada. Fiquei então com a tarde livre para croché e ponto cruz, no meu quartinho azul. Lá segui o meu caminho, na ideia de ir arrumar as loiças e arranjar um cantinho do armário para guardar os cereais - do Lidl. Estava tudo a correr surpreendentemente bem.

Voltei a sair ao meio-dia para comprar o almoço num take away - porque uma pessoa como eu não cozinha, compra fora. Vinha já de regresso, estava no fundo rua, e vi uns cortinados muito cor-de-rosa a esvoaçar de fora de duas janelas. Mais uns quantos passos e percebi que eram da janela da minha casa, do piso acima do meu. Pensei: "devo ter duas Barbie-Girl lá em cima, lindo". E segui, entrei e almocei, que não tenho nada que ir cheirar a vida dos outros.

A certa altura, lembrei-me de perguntar à moça do piso de baixo se ela sabia a password da net - sim, porque o meu barraco é muito desenvolvido e tem a internet em todas as divisões! A rapariga estava de saída, não sabia, mas disse-me para perguntar ao rapaz do piso de cima. Lá fui eu escada acima. Ouvia-se o barulho de uma televisão num dos quartos e bati à porta. Nada. Bati outra vez. Nada. "Mas estão a gozar, carago?" *pensei eu* Nisto, abre-se a porta até metade, para me surpreender com um jeitoso, usando apenas um bonito boxer em tom cinzento, da DIM - vi eu. *olááááááááá, mas quem és tu?* Concentração e password da internet! Também não sabia, ora diabo. Entretanto, ainda lhe consegui fisgar o mobiliário do quarto - e as horrendas cortinas eram dali. Me-do.

Como não havia net, e a guitarra estava danada de desafinada, resolvi ir contar carneiros a saltar vedações. Ferrei no sono imediatamente. Devo ter dormido aí umas duas horas, só não mais porque o Piruças do andar de cima decidiu ligar o cd COMPLETO da Mariah Carey às 4 da tarde. Óh filho, uma coisa é teres cortinas cor-de-rosa... a outra é acordares-me ao som lancinante dos gritinhos da Mariah. Mau, mau.

Já que não dava para dormir, vim pôr-me à janela a ver os carros passar. Passados uns 15 minutos apareceu um Micra todo lançado, no fundo da rua. O estacionamento estava atafulhado de grandes carrões - um Audi lá ao fundo a piscar-me o olho, inclusive. Estava eu tão entretida a ver a vida passar, quando sai de casa (eu vi, porque estava na janela) o tal rapaz, acompanhado de outro. Que me caia já o tecto se eu estiver a mentir: eu NÂO o tinha visto a entrar! Portanto, das duas uma, ou ele se tele-transportou para dentro de casa, ou estava no quarto semi-aberto do semi-despido. Hmmm.

Como se isso não fosse suficiente para uma tarde, ainda descubro que o Audi era do tal vizinho de cima! O AUDI!!! Ora vejamos, tudo bem que tens um Audi *óh Maria Amélia*, mas a não ser que me dês boleia, livra-te de repetir a matiné - e troca-me esses cortinados, por amor do Buda!

Amén

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Improbabilidades

Improbabilidade s.f. 1 qualidade do que é improvável; 2 falta de probabilidade; 3 algo que não é provável acontecer ou verificar-se (Do lat. improbabîle-, «que não pode ser provado» +i+dade)

- Dicionário da Língua Portuguesa, 2006, Porto Editora

Situação #1

(quando as imagens valem mais que as palavras)





Improvável, podia pensar-se, que o Major Valentim Loureiro tivesse feito uma piquena e média interpretação do tema "Eu tenho dois Amores", num programa apresentado pelo Marco Paulo - e a sua combinação de roupa ultra sexy.




Ainda no YouTube, seria improvável encontrar um vídeo do "KikzZ" e a sua Cort M200, numa interpretação a preto e branco de uma qualquer música dos Morangos com Açúcar.

Situação #2

Não seria provável eu não chegar viva à primeira semana de aulas - e não culpem a praxe, porque ainda nem a vi. O caso é que anda aqui um pandemónio! O meu quarto parece um armazém e, a julgar pela quantidade absurda de entulho que tenho mesmo de levar, diria que vou passar dois semestres ao Líbano. Mas enfim, também seria improvável ir à procura de quarto em coimbra; estacionar o carro; ligar para o número que estava numa janela; ver o quarto e morrer com a humidade que lá estava (mas o problema era só a humidade, "não se pode dizer mais qu'ó que é"). Passar da porta número 2 para a número 3. Entra-se, vê-se, gosta-se e fecha-se contrato. Assunto encerrado.

Fazer a matrícula em casa, de pijama e chanatas, para evitar as bichas (as filas, perdão). Agora, como o problema "se não é do cu, é das calças", ainda há que tratar - rápido, rápido - do cartão multibanco dos alunos! E não te esqueças de levar a fotografia e os papéis para entregar no Palácio dos Grilos! Olha, e vê lá se tratas de tirar cópias da chave da casa em Coimbra! E, outra coisa, já foste ao armário escolher os jogos de cama para levar? Vê lá isso...

Finalmente, começo a perceber a abrangência da (mítica) expressão:

"SANTÍSSIMA MADALENA"

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

a minha vida "daqui a" 10 anos

Hipótese número 1)
"Boa noite, sou a Mariana Pardal e este é o Jornal Nacional."

Eu num apartamento super in em Lisboa, um labrador retrivier e muito whisky. Ordenado chorudo e meia dúzia de aparições na capa da Caras, Vip e Lux - com revelações escandalosas dos podres da minha vida. Tenho liberdade moderada para tratar políticos e juízes abaixo de cão.
Um carro super, super, super topo de gama e meia dúzia de empregados na casa de férias em Cascais. Um jardineiro mulato e um pool-boy absolutamente africano. Vive-se bem.

Hipótese número 2)
Filmes alternativos e sacos cama num sótão.

Eu, o Padeiro e a Pc acampados em Cuba, no Alentejo. Usamos calças hippies, t-shirts dos metallica e o cabelo divide-se entre as rastas e o inacreditavelmente porco. Dormimos no sótão de uma velhinha simpática de 84 anos que todos os dias nos conta um capítulo da vida que se lembra. A Pc sai de manhãzinha para ir dar aulas de história nas povoações vizinhas, ao volante do seu Ford Escort amarelo-ferrugem. Regressa à noitinha, com aparas de giz e borracha no cabelo e papéis colados nas costas. Aos fins-de-semana, vai a casa visitar o marido e matar saudades do gato.
O Padeiro ressona até ao meio dia e eu faço um esforço para não matar (a tiro) o galo da vizinha. Escrevo argumentos e artigos para o jornal da paróquia, faço castings e cenários; Ele grava, realiza, edita e faz as pipocas, para vendermos nas sessões de cinema que vamos fazendo pelas aldeias. O público adora! Somos estrelas rurais, conhecidas por essa Beira Interior acima - e abaixo. Somos felizes comó caraças.




Além de sermos atropelados por uma quadriga desembestada de vacas mirandesas e enfeitiçados pela vindente Ema do Jumbo, garantiu-me Merly de Manfredo que, daqui a 10 anos, hei-de ser estupidamente mais feliz que e Heidi - na hipótese 2.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

48 tãão saudáveis

O que Portugal precisava era de um primeiro ministro desta natureza:



Pagava para ver a Man'ela a fazer estas danças!


(Hugh Grant, 48 anos de saúde completados hoje)

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Festa na terrinha!

Dia 4

Susana Félix


Um concerto fantástico! Eu e a Tanita (depois chegou a Pc, o Pardal e a Daniela) fomos os maiores fãs que algum cantor poderia desejar! Pena é que, quando se pedia para o público cantar ... só se ouviam duas moças histéricas na terceira fila, à direita - uma ainda com o uniforme de trabalho! ;) Fomos grande, Tanita!

P.s. Fã que é fã, tem dois autógrafos e duas fotografias, em 15/20 minutos.

Dia 5

Tony Carreira

O concerto que revelou uma Inês fã de música portuguesa, ao mais alto nível. Destaque também para um grupo concorrente de meninas dos coros que se criou ali naquele público (com fãs que sabiam as letras todas - de todas as canções).

Dia 6

Paulo Gonzo e Lúcia Moniz

Fiquei na cama a ver Mentes Criminosas. Diziam hoje as más línguas que a Lúcia M. estava afectada por substâncias que variam entre álcool e/ou droga (dependendo das versões). É uma pena a Man'ela Moura Guedes ter-se demitido, senão sexta-feita já se apurava a verdade dos factos, com mais uma investigação TVI - com todo o rigor.

Dia 7

Táxi

São agora 4 da tarde, a única coisa que faz barulho é o vento.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Vai tudo Abaixo!

Já sabia que ia acontecer, mas nunca pensei que fosse tão depressa. Ía a passar por lá, para encurtar caminho no meu passeio de fim de tarde, quando olhei para o portão.

"CADÊ O BLOCO A?!"

Os trabalhos de demolição da Secundária vão avançados. Aliás... já veio tudo abaixo. Os 4 blocos são agora um único. De entulho, pedregulhos e arames, tudo revirado e sem gosto. De uma estranha maneira, custou-me ver aquele circo.

Se não me engano, o primeiro a cair foi o B. Lembro-me de ter falado com a Luci a respeito disso. Ela disse que esse não lhe causava grande pena. Coitada, ainda deve guardar o trauma de um certo e determinado episódio que envolveu canetas e um objecto voador não identificado a sair disparado pela janela, em voo picado. Ou isso, ou a filosofia do 10º ano. Não me posso é esquecer dos filmes históricos das terças à tarde, nem do bonito acto de "gritar ao morto", depois do último teste.

Não que interesse a ordem, caíram todos. O bloco D, dos mistos a meio da manhã, acompanhados pelo Compal de Manga (fresquinho). As taças de ananás, fortemente disputadas pelas elementas do tripé. As aulas de Área Projecto, com os tiros do CS em banda sonora ou as tardes e manhãs de sesta no sofá da AE, numa de faltar a Sociologia. Sono embalado com o Pó de Arroz do Carlos Paião, com os desenhos animados da 2: ou com a Dona Júlia, todas as tardes.

O bloco A da biblioteca. Das tardes a queimar neurónios, numa qualquer pesquisa para um trabalho super importante (e, salvo raríssima excepções, atrasad
o). Era uma espécie de alternativa a tudo: quando não havia nada para fazer, ia-se para lá. Chatear a Dona Funcionária, ver a "Lagoa Azul" ou fazer entrevistas ao Padeiro, com base nas Enciclopédias do Reino Animal. No andar de baixo, a Santa Reprografia - onde pudemos enfiar as cabeças na máquina fotocopiadora para oferecer uma prenda de aniversário à prof de História.

O bloco C dos bancos, das apresentações na 5. Quando mascarávamos duas horas de palhaçada e fatos variados com o trabalho de AP. Das aulas de Geografia e Economia. Aquele cheiro nauseabundo, a brisa fétida que nos vinha sempre dizer "Bo
m Dia" antes das aulas de Português. O átrio, onde ensaiámos a claque para as Escolíadas. O campo onde eu, à 4ª volta de resistência, comecei a ver o Mundo meio fosco e caí para o lado. A rede que dava prestígio aos putos - e aos Cef's.

Enfim! Lembro-me de quando três raparigas muito animadas disseram, num baile de finalistas:

"-Vamos brindar!
- A quê?
- A três anos de putice!
- A 3 anos de vacarrice!
- A 3 anos de amizade!"

Tendo aqueles 4 blocos como cenário. As paredes tinham recordações especiais. Cantinhos que, durante 3 anos, foram só nossos. Pessoais e intransmissíveis. Como a nossa mesa nas Bombas, o menu do dia no Bibz ou as saladas na Romina.

Secundária,

"Já me perdoaste tanta vez

Desta vez estás tu perdoada
Volta, volta meu amor estás perdoada"


P.s. Vou dar de beber à dor, que é o melhor. "Já dizia a Mariquinhas."