sexta-feira, 24 de junho de 2011

bom feeling

Não é assim uma alegria murcha. É uma animação gigante, ridícula, pessoal e intransmissível. Sou eu a chegar a casa a cantar (leia-se: gritar) o "Sol da Caparica" e a fazer a parte da bateria na tampa do contador da energia. Espetar dois xutos e pontapés na porta e entrar no quarto num solo irreprimível de air guitar. Uma sensação de missão cumprida - mesmo que muito aldrabada. É um alívio do caraças ter os trabalhos entregues, os exames feitos. E nem me vou chatear se não for uma das 9 positivas a socio-economia dos media! Estou tão no topo que nem os rebeldes da Líbia me metem medo. Não tenho motivo, mas estou a adorar o momento. É como se tivesse comido uma caixa daqueles cogumelos malucos! E, olha lá, hoje não nem contigo estou triste. Anda, vai ser feliz! Pronto, beijinhos às primas!

terça-feira, 21 de junho de 2011

nao consigo estudar.

O exame e daqui a uma hora - e o teclado desdes computadores manhosos da faculdade nao permite acentos! Cheguei aqui cedo, para imprimir umas papeladas que tenho (tinha) de ler para o exame. As atordoadas que "trabalham" na reprografia nao tem o computador a funcionar, e ainda ralharam porque nos (os estudantes em geral) nunca lemos os avisos ... neste caso, um miseravel papelinho rasgado, pendurado numa corda, que diz "Nao da para imprimir". Fui ao auditorio do 6º piso, e o funcioario pançudo diz-me que as impressoes ficam a 5 centimos por pagina, e ainda tinha de ir ao 4º comprar as senhas. Nunca! Desisti, fui para o bar discutir os pressupostos de uma entrevista com os Pedros. Agora regressei ao auditorio, so porque tem computadores. A ideia era vir ler o material que esta na pen - e que nao vou imprimir, tendo em conta o preço exorbitante de cada paginazinha! Mas, olhem, isto ha-de ser o que Deus quiser. Ainda li umas linhas, na diagonal, mas fiquei aborrecida demais. E ridiculo, mas faltam 62 minutos para o exame que me vai valer a nota de uma cadeira e so consigo concentrar-me na ida ao cafe, depois das 16h. E ridiculo. Bem, vou ver se estudo. Sem garantias. Porque chegou o verao - uma das muitas desculpas para nao ler o apoio bibliografico da cadeira de radio II.

P.s. esta um tipo meio indiano a jogar farmeville dois computadores a minha frente.

domingo, 19 de junho de 2011

otros planes para tí.

"Decía John Lennon que la vida es lo que te va sucediendo mientras te empeñas en hacer otros planes y tenía razón. Planeas tu matrimonio, la casa donde vivirás, el colegio al que irán tus hijos, planeas hasta el color que tendrá el puto sofá... pero los planes son solo un dibujo en una servilleta de papel y por mucho que te empeñes, al final, tus planes le importan una mierda al resto del mundo. Y puedes ponerle cabeza, corazón o un taco de servilletas emborronadas con sueños, que la vida, tiene otros planes para tí..."

Los Hombres de Paco, temporada 7, último episódio

quinta-feira, 16 de junho de 2011

eclipse

Lembro-me de quando era criança, lembro-me do primeiro eclipse. Estava na Figueira da Foz, em casa da minha avó, com a minha irmã. A avó Albertina equipou-nos com aqueles óculos especiais que ofereciam nas farmácias. Nunca percebi, mas tínhamos de os usar. Sei que estava ansiosa para ver o que acontecia à lua, sem querer saber dos óculos. Subimos depois as escadas do prédio até à janela mais larga do piso de cima. Por alturas, cabíamos todas. Foi rápido, nada de especial. Desconfio que não achei piada nenhuma àquilo. O interesse era mesmo espreitar por baixo dos óculos, mas ninguém me deixou.
Agora, com 19 anos, perco eclipses. O primeiro do ano, e eu a passear nos Arcos, na rua do Jardim Botânico, à procura, sem óculos e sem ver a lua. Desisti. Vai à merda, eclipse. Um fenómeno lunar também não pode ser assim tão importante - acho que até era, enfim. Tinha um plano e correu mal, porra. E já não há mais eclipses. Ups.