quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Eu Refustei-me

Terça-feira é dia de folga, decretou a Faculdade. Mas, bem mais que isso, terça-feira é noite de jantar no Refustedo (o meu amado e humilde loft). Afinam-se as gargantas à mesa e nunca faltam os hinos da grande artista Rosinha, mais que nossa santa padroeira.

Muda-se de música e de dança e chegam os pratos, directos da cozinha e atestados com arroz de atum, salsichas e hamburgers picados - é o que há, que não se queixem. Quem ficar com fome, tem sempre Bacalhau Espiritual à disposição, e sobremesas várias (cascatas de fruta, mousses, bavaroises, etc etc, que casa fina é outra coisa).

Em número, começamos a diminuir, mas a animação mantém-se elevada (só faz falta quem cá está). Refustedo é também confusão, e, primeiro que esteja tudo pronto para seguir, passam horas. Chegadas ao destino, as ladys (da night) reviram a lista do karaoke e acabam sempre a escolher NonStop - Ao limite eu vou. E fomos.

Depois, do nada, alguém vai cantar esta


MusicPlaylist
Music Playlist at MixPod.com



e ficamos todos muito abraçados, pudéssemos pagar de outra forma era o que faríamos.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

i'm freezing

Enquanto não encontro coragem suficiente para escrever tudo aquilo que tenho em atraso, deixo uma música que - mais que não seja - vai dando para aquecer os pés. Falando sério, gosto bastante. Imenso muito, como diria a velhota dos apanhados TVI/Porto.

(mozella - freezing)

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Taizé mais perto

Lembro-me quando fui pela primeira vez a Taizé, há três anos. Com oito ou nove dias de antecedência, já tinha a mala aberta no quarto e todas as tardes acrescentava qualquer coisa (não fosse esquecer-me). No segundo ano, com bastante menos pressa, também preparei tudo relativamente cedo. Quando tomava o pequeno-almoço, lembrava-me das compras que ainda tinha de fazer: bolachas, água, leite, sumos, pão, etc; e qual a magia que ia usar para enfiar tudo dentro do saco que habitualmente levava o fato de treino da ed. física.

O ano passado, as mil e uma extra-curriculares atrasaram os preparativos da viagem, mas lá consegui ter tudo pronto no dia. Agora também tenho tudo pronto, mas faltam dez minutos para a uma da manhã. E o mais ridículo, é que tenho estado de férias, sem um único exame para fazer. O despertador esteve marcado, nas últimas semanas, para as 12:30h - só para ir arrumar a louça e preparar a mesa para o almoço. As manhãs não são (e as tarde também não) produtivas, tenho simplesmente feito na-da. Não que me queixe, esta preguiça sabe a pato!

Daqui a sete horas, estou no parque de estacionamento do Lidl. Pode parecer estranho, mas já é tradição do grupo de Montemor ser esse o ponto de encontro. Daí, segue tudo num carro (ou dois, se houver muita bagagem) até Coimbra, e daí até Taizé (França). Desta vez o grupo é mais reduzido (não menos valioso, note-se) e não vamos passar nenhuma fronteira internacional. Depois de três anos consecutivos a ir para Taizé, eis que Taizé vem também até nós.

Amanhã é o primeiro dia do Encontro Ibérico de Tz, no Porto. A representar Montemor: eu, a Tatiana e o Bruno (esperemos que acalme as hormonas, por lá).



"Mas pode ser tão difícil
de acreditar, em Deus assim
Será que Ele se vai lembrar
de me ajudar, será que sim?
Mas há qualquer coisa em mim
Que me faz querer acreditar
Acreditar!

(...)

Tens tudo a dar
Não percas tempo!
Podes saber que vais chegar
Onde Deus te levar!"

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

artifical caseira

Muito mais do que política, gosto de saber as coscuvilhices que fazem capa nesse universo das revistas cor-de-rosa. Por motivos de economia mensal, não compro, mas sou frequentadora assídua da CarasOnline - e já há algum tempo não ria tanto como agora, com as notícias que lá fui descobrir. A informação surge hoje, referindo-se a acontecimentos de ontem, dia 10. Não tem destaque de posição central na página (está na barra do lado esquerdo) e nem tem vídeo ou slide show de fotografias.

Atenção agora, que vou revelar a bomba (pena que não seja exclusivo!): "Solange F. já é mãe". E fiquei espantada... "já é mãe?! então mas como é que já é mãe?!". Nada como ler tudo para ficar bem elucidada! Poupo-vos o trabalho e apresento já o resumo: a criança nasceu ontem de cesariana, tem o lindo nome de Nuna (?!) e foi concebida através de uma "inseminação artificial caseira". E continuo na mesma! Mas o site da Caras, que é um espectáculo, tem links para entradas mais antigas que estão relacionadas com a que estamos a ler, e eu fui seguindo as migalhas. Logo na seguinte, fiquei a saber que "Solange está radiante, mas prefere não adiantar pormenores sobre como engravidou ou quem é o pai da criança". Mau!

A desinformação não me agrada e continuei a procurar no link seguinte. Desta vez, uma entrevista de Julho de 2008 - muito antes da gravidez. À questão da adopção ou inseminação, responde inseminação - mas diz que é muito complicado e dispendioso. Portanto, o mais certo é optar pela "artificial caseira", que consiste na utilização da doação de um amigo (será o Nuno?). MAS, acrescenta ainda que ... "fazer um filho não é difícil... [risos]". Risos, que bem podiam ter sido meus! "Inseminação artificial caseira" ? Sim, sim... bonito nome!

(já ouvi chamarem-lhe tanta coisa!)

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

o apoio

Eu sou uma pessoa muito interessada em política. Seja política interna, externa, conjuntural, enfim... sinto um grande interesse em todas as vertentes.
Hoje passou no telejornal (da Sic, que eu não vejo qualquer bodega) o discurso do querido Durão Barroso, lá na Comissão Europeira, ou Parlamento - seja lá o que for. Até estava atenta, nos primeiros segundos, mas sou uma dona de casa! Havia toda uma cozinha para arrumar, louça para lavar, e a toalha à espera de ser sacudida. Virei costas, com todo o respeito, ao Barroso e lá continuei nas minhas lides. Passado um nada, ouço-o a dizer "soutien". Virei toda atenção para a televisão, mas já não fui a tempo de ver as legendas. Fiquei, obviamente, almariada do sistema. A que propósito é que o Barroso está a falar em underwear aos deputados?!

No ensino básico, tive aulas de Francês. Mas, sorte ou azar (eu diria: sorte), nunca cheguei a aprender grande coisa. A prof, ou entrava em depressão, ou não conseguia fazer nada da nossa estupidez crónica ou ficava grávida. Das três hipóteses, uma acabava mais tarde ou mais cedo, por acontecer. Por estas e por outras, o meu francês é miserável e faço muitas vezes figura de otária - como hoje. Toda a gente percebeu que "soutien" era apoio, e que o Durão Barroso queria, portanto, a colaboração de todos os deputados!

(e não a sua roupa interior)

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Belgique

25-01-2010

Foi um vê-se-te-avias! Tive de sair da cama a horas impensáveis, para estar a congelar na estação à espera do Alfa. Já no meu assento de classe turística, levei com a conversa alheia sobre a ordem dos advogados e o sistema (que vai mal, como sempre). A viagem nem foi tão aborrecida como esperava, em parte porque a vizinha adormeceu e a conversa acabou mesmo por ali. Liguei o iPod e deixei-me ir num estado de semi-acordada, até ouvir, por cima da música, o aviso "Porto-Campanhã". Daí ao Metro foram uns segundos em Rosa Mota e, ainda assim (por umas décimas), perdi o primeiro. Fiquei uns 15 minutos a contar carneiros até aparecer o sobre-lotado das 9:10h, direcção Aeroporto.

Para ficar mais barato, não levei bagagem - o que tem o grande bónus de poder saltar o check-in, e ir directa para a segurança. Foi quando a minha alegre manhã ficou menos descontraída, com o detector de metais (ou seja lá o que for que aquilo detecta) a buzinar à minha passagem. E, insistia a besta, deu sinal uma segunda vez. Tive de acordar, definitivamente. Além de acordar, tive de ser revistada - que são as normas da segurança, e nem as low cost escapam. Com certeza desconfiada de mim, a senhora agente da autoridade efectuou a sua busca - até no cano das sapatilhas, valha-me Deus. O máximo que encontrou foi um recibo de revistas, no bolso das calças, o que, concordámos, não constitui grande ameaça.

No avião foram umas duas ou três horas de aborrecimento ao lado de um francês. Que podia ser Russo ou Espanhol, não é isso que está em causa. Limito-me a tirar conclusões: pois se o cavalheiro tinha um jornal francês, uns óculos à francês e um caderninho de desenhos (tãão francês), evidentemente que só lhe posso chamar Francês. Se é típico ou não, já não posso garantir, mas o certo é que o indivíduo pediu uma sopa de tomate. Em primeiro lugar, nem que estivesse doida de fome eu pagava 4,5€ por uma coisa tão pequena; em segundo, a bodega do consomé criou um ambiente absurdo a sopa que me deixou enjoada. Sem ligar ao preço, ainda pensei comprar um Queijo da Serra (amanteigado) e umas tostinhas de trigo, só para me vingar.

Aterrámos em segurança e com dez graus a menos na temperatura. Tirei a minha bandeira de Portugal da mochila, dei-lhe dois nós e pus aos ombros, numa preparação para ser recebida pelo cartaz da minha irmã.

26-01-2010

Sem queixas de jetlag (isso são mariquices) acordou-se relativamente cedo, para ir passear e fazer um shopping-zinho. Na minha maior discrição fui aos saldos, revirar os últimos artigos marcados com autocolante vermelho, de 1 a 3 euros. Sem fazer o mínimo esforço de combinação de cores, acabei por comprar um barrete laranja (por necessidade), uma mala rosa (por piada) e um lindíssimo chapéu roxo (por palhaçada).

Da parte da tarde fomos ver o Atomium, só porque a senhora minha irmã tinha um ataque de caspa se não fosse ver aquela beleza. Eu não fui esquisita, e acabei por achar piada aos 15 minutos passados no jardim... porque a visita propriamente dita estava absolutamente fora de questão: se não dou 4€ por uma sopa, muito menos dou 6€ para andar de elevador!


De qualquer forma, fiz as figuras ridículos que quis! Viva a alegria e o Atomiuuuum! (aqui está a boina laranja).

Entretanto chegaram os chineses

com as máquinas apontadas ainda enquanto desciam as escadas do autocarro. Em 5 segundos já estavam a formar uma fila fantasticamente bem alinhada, depois desenrolaram uma grande faixa e lá ficaram a saborear os flashes uns dos outros.

Foi quando nós regressámos ao metro, em direcção ao centro. Percorremos as habituais paragens turísticas, calcorreando rua-sim-rua-sim (houvesse pernas para tal). Depois de passar pelo incontornável miúdo a fazer o seu chichi, fomos procurar descanso no Delirium. Delirium esse, conhecido (e não menos incontornável) pela lista de 2004 cervejas, todas ao dispor do cliente. Quando me chegou às mãos a lista, idêntica àqueles dossiers com as músicas no karaoke, iniciei a pesquisa alfabética nos países. A representar Portugal:


27-01-2010

Acima de tudo, o dia do Fado! Melhor ainda, porque fiquei bem esticada no colchão até as 11:00h; o que, se numa semana normal das minhas férias é madrugada, neste contexto foi um pedaço de céu. Devidamente acordadas, voltámos à estação de comboios, desta vez em direcção a Genk. Sem problemas, chegámos ao hotel e ainda tivemos tempo de sobra para visitar as redondezas: o micro-shopping-center, o lago atrás do hotel, as paragens de autocarro, etc. Por esta altura, já tinha elaborado a tese "Os belgas são macambuzios", e aproveitei o tempo livre para passar à prática o plano de animação. Contei, para isso, com o meu melhor aliado: o chapéu roxo de 3€. Sem uma gota de vergonha, saí muito airosa pelas ruas, de pala revirada, na esperança de que alguma daquelas criaturas cinzentas, se não soltasse uma gargalhada, pelo menos um sorrisinho. Missão concluída com (taaanto) sucesso!


Confesso que a minha reacção ao ver as fotografias foi bem mais expansiva que a das raparigas que choraram a rir dentro do autocarro, quando me viram passar - mas eu tenho desculpa porque nasci no canto da Península.

Para o concerto, ainda gastámos senhas de autocarro e, porque o condutor e esqueceu de nos avisar para sair, voltámos para trás (a pé) a distância de duas paragens até ao casino - e foi quando começou a nevar. Nem que tivesse caído granizo do tamanho de bolas de bowling, tinha valido o esforço. Como seria de esperar, o concerto da Raquel Tavares foi bastante para lá do muitíssimo bom. Feliz da vida, ainda consegui ter os CDs autografados (não pessoalmente, mas isso - para fã que é fã - são detalhes).


Regressámos ao Hotel aquecidas pelos "larai larais" do "Lisboa Antiga", à boleia de uma casal simpático que, à troca, aprendeu a palavra "castiço" (cas-sh-tiis-çuo) - Fado Castiço.

28-01-2010

A manhã ainda foi em Genk, com tempo para descobrir um café que apresentava, na mesma lista, cerveja e o típico Bolo de Arroz.



A tarde em Leuven serviu para matar a vontade de comer uma waffle bem feita. Entretanto, numa última visita às lojas, ficaram uns quantos artigos apontados para a próxima ou, quem sabe, para uma grande caixa a ser enviada de lá e recebida (por mim) na Avenida 25 de Abril.

29-01-2010

Às 20:00h começou a saga do regresso a casa. Por meio de comboio, autocarro, avião, metro, comboio e carro, estava em casa 12 horas depois. De mala às costas, como fui. Feliz da vida e com um barrete novo.