terça-feira, 29 de dezembro de 2009

os saldos

Os saldos são um bicho que se agarra às pessoas, uns dias depois do Natal. Conduz, em rebanho, camionetes de gente aos centros comerciais numa de esbanjar dinheiro - loucamente.

I - Fórum Coimbra

Como detectar uma época de saldos:
Restauração: Impossível encontrar mesas vagas para almoçar porque há pequenas convenções de Ti Marias que, com carteiras, malas, casacos e (se for preciso) as pantufas do esposo, guardam ferozmente os melhores sítios. Ou isso, ou há casais de namorados embasbacados um para o outro que, em vez de comerem a sopinha e a sande, vão elogiando o cabelo (dele) e o bonito bâton (dela).
Vestuário: Há lojas com um odor horrendo a transpiração, derivado da incursão de algum grupo de teens histério. Essa brisa fétida é, ao mesmo tempo, ensurdecedora e capaz de deixar as clientes cheirosas quase cegas! Noutros casos, as roupas estão amontoadas debaixo de letreiros que variam entre os 5 e os 20 euros - eurios, perdão - onde imergem mãos, braços e cabeças, numa epopeia dos preços baixos. Nos casos mais graves, chega a haver disputa entre peças, quando só resta um tamanho e uma cor que encaixa perfeitamente em duas senhoras monstruosas que, puxa daqui e puxa dali, tentam assaltar-se mutuamente.
Livros, Cd's: A secção de Ópera e Música Clássica tem clientes; há crianças loucas a correr com livros do Noddy e/ou CD's que incluem o seu nome em cada faixa. Caso extremo: o último romance (lindíssimo, com toda a certeza) da Margarida Rebelo Pinto está esgotado.
Casas-de-banho: têm fila e, quando se passa a porta, deseja-se ardentemente voltar atrás e vomitar ou ter o nariz absolutamente entupido.

Como evitar (o lado negativo de) uma época de saldos:
Confundir o adversário: almoçar cedinho e começar a ronda pelas lojas ainda no período de almoço, quando toda a multidão se dirige ao último piso.
Jogar pelo seguro: manter 5€ no bolso porque pode estar, ao virar da esquina, a melhor promoção de todas - e uma nota das pequenas pode fazer toda a diferença.
Equilibrar defesa e ataque: ter atenção aos pacotes de desconto, ou acaba-se o dia a zeros (que foi o caso)
Ter champanhe para celebrar a vitória: quando se joga em casa e a equipa de arbitragem está comprada, o resultado nunca pode ser menor que uma goleada!

Rescaldo:
Saldo inicial - 120€
Saldo actual - 3€
Alegria inicial - 50%
Alegria actual - 70%
Quantidade de artigos adquiridos - 6 + almoço + cinema
Disseminação do vírus dos saldos - controlada

sábado, 26 de dezembro de 2009

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

diz que é a crise.

Não sei como vai ser isto, mas ainda não comprei prendas a ninguém! E a não ser que ganhe a lotaria do Natal, vejo a situação bastante complicada: o meu cartão multibanco faleceu na segunda semana do mês. Ou seja, isto tem sido uma crise pegada até agora! Valha-me a minha santa irmã, regressada da emigração, que vai comprando (pagando, vá) as prendas que temos mesmo de oferecer à família - só à mais chegada, aqui não há extras!

Para pagar o jantar de Natal de hoje tive de recorrer a financiamento externo e, como é tradicional, levei com bonita resposta: "quero o troco" - agradecida, muito me ajudas. A parte fantástica da questão é que não há troca de prendas! yes, yes, yes! A ideia original foi troca de postais, feitos por cada um (comprar é batota).

Como se toda a a minha miséria financeira não fosse suficiente, sinto-me atacada por uma qualquer variante da Gripe A: este ano ainda não houvi cd's de Natal nem fui sacar vídeos do Coro de Santo Amaro de Oeiras... só me tem apetecido ouvir José Cid ou o (tão natalício)

KISOMBA.

(haja alguém que me interne numa clínica - que tenha spa e massagens)

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

let it snow.

ARRE! Tenham santa paciência, mas este tempo, a mim, causa-me espécie. Raio, tanto frio tanto frio e nunca mais é Natal!!

Ando eu aqui maluca para ir as compras e escolher presentes e embrulhar tudo e receber e abrir e ficar muito contente ... e nada! Só chove. Raio!

Já agora, aceitam-se voluntários para me oferecer o cd de natal da KT Tunstall. ;)

domingo, 13 de dezembro de 2009

5 revelações...

Diz que não é de boa educação deixar desafios pendurados, portanto aqui ficam as minhas respostas:


a) Eu já ... toquei gaita-de-foles numa canoa no rio Mondego, à noitinha

b) Eu nunca ... calço seja o que for sem um par de peúgas

c) Eu sei ... o que é o Mito, segundo Ferdinand de Saussure

d) Eu quero ... uma roupa em cabedal como a da Leopoldina

e) Eu sonho ... mas nunca me lembro de nada

Já agora, deixo o desafio à Inês, ao Padeiro, à Tia das Flores e à Léninha! xD
(podem responder na caixa dos comentários!)

sábado, 12 de dezembro de 2009

Computador.

Na quarta-feira andei a correr as salas todas da faculdade à procura de um computador onde pudesse escrever a recensão que tinha de entregar antes do meio dia. Depois de ter vistoriado uns quatro pisos, lá encontrei o Centro de Estudos de Psico-qualquer coisa (não me lembro do nome certo, mas sei que era grande e pomposo). A sala estava, como quase todas, atulhada de livros em estantes fechadas a cadeado. Tinha dois computadores da época dos Descobrimentos (que não Magalhães) e, já que estava com uma colega, era o sítio ideal para nos dedicarmos ao trabalho. Não estava lá a funcionária e, como se fossemos donas do sítio, puxámos umas cadeiras e começou cada uma a escrever para seu lado. O teclado era daqueles barulhentos, até estranhei não estar cheio de pó. Com a pressa de despachar a recensão, fui passando as notas e as citações que tinha nos textos de apoio. Entretanto chegou a funcionária a queixar-se que era hora de almoço e que ia fechar a sala. Saímos.


Agora estava pr'aqui a pensar nos assuntos que me tinham surgido para escrever um post - que realmente este blog está a ficar uma pobreza. Quando me tinha decidido (ia escrever sobre as personagens que andam de autocarro em Coimbra, uma coisa de chorar a rir), ligo o computador e deparo-me com o teclado pequenino e não-barulhento. Fiquei a pensar no primeiro computador que tive: era uma coisa estapafúrdia de grande, um Pentium-não-sei-quê (lento como só ele). A unidade central tinha uma tampa de correr, que tapava a entrada dos cds e das disquetes - que agora já são quase tão velhas como o vinyl! Estava decorada, por mim, com um autocolante de um pato e outro de um koala. Um deles, já não me lembro qual, estava constantemente a cair e eu resolvi usar cola para remediar a situação - sei que ficou um rico serviço! Quando o computador estava ligado durante muito tempo, servia de aquecedor e fazia um barulho de chaleira com água a ferver, lindo.

O monitor foi trocado três vezes. Quando comecei a usar óculos, o meu pai comprou uma espécie de segundo vidro do ecrã (que também serviu para o computador da minha irmã). Supostamente bloqueava alguma luz que passava ou coisa parecida. A intenção era muito boa, mas aquilo era feio que doía. O teclado e o rato sempre vieram em conjunto, assim como as colunas (que foram quase sempre as mesmas). O primeiro teclado era meio cinzento (nada mau), mas o rato insistia em flipar e eu insistia em dar-lhe umas suaves pancadinhas, a ver se ele ia ao sítio. Com esses carinhos, devo ter partido alguma peça porque a bolinha do rato andava sempre a cair. Fiquei com ela para diversão e o rato foi trocado. Os novos eram o pico da tecnologia: não precisavam de fios! Ligava-se uma caixinha à unidade central e aquilo emitia umas sinalefas quaisquer que faziam tudo funcionar sempre precisar de cabos. Era um luxo! Quando estava sozinha no escritório, era ver-me de pernas cruzadas em cima da mesa, braços apoiados na cadeira e teclado em cima das pernas!

Comparado com o computador que tenho agora, esse amontoado de coisas era muito mais bonito. Cada parte, separada, tinha uma função especial. Agora tenho tudo numa única peça, tudo muito mais pequeno, muito menos barulhento e muito menos poético. Quando converso com a Pc (a rapariga em si, não falo com computadores!) ela diz sempre que jornalista que se preze fuma charuto; e eu penso sempre que isso é jornalista/escritor de filme. Mas depois fico a matutar no assunto...

Na quinta-feira esteve na faculdade o Manuel Alegre, a propósito de um Colóquio sobre A Liberdade (o livro, de Stuart Mill). Fez o encerramento das sessões do dia, numa comunicação que foi lendo, nas folhas que trazia na mão. À saída da sala, passei mesmo ao lado dele e consegui passar os olhos nos tais papéis. Atrasei o passo, na confusão das pessoas a sair da sala e dos cumprimentos mútuos à porta, para ver melhor. (Pelo menos) a primeira página estava escrita à mão, com um caligrafia poética, palavras rasuradas e chamadas de atenção a remeter para outras frases.

No final de um texto tão grande, a conclusão (tirada à pressa, porque tenho de ir estudar) é meia descabida. É só porque me parece que os teclados que fazem barulho quando se carrega nas teclas são bem mais fixes que estes de agora. Não sou poeta nem pretendo (só de me lembrar daquelas quadras malucas que escrevi, no gozo, em que cada verso tinha a palavra "plumas"!), mas acho mais piada aos teclados amarelos-do-sol e com alertas sonoros nas teclas. Pronto, era só isto.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

o que (raio) ando eu a fazer para não pôr os pés no blog:

em primeiro lugar, lamento imenso a ausência! Não queria, por nada, decepcionar a Tia das Flores nem os milhares (milhões?) de fãs que têm as ervilhas na barra dos favoritos. A verdade é que também eu tenho saudade daqueles velhos posts em que a malta rachava o espírito a rir, aparecia a família a ver o que se passava e acabava tudo em grande galhofa. Enfim, ainda sou do tempo em que o arroz custava 25 centavos e as ervilhas eram boas de se comer.

Porque isto agora, já se sabe como é: um corropio, uma azáfama. Como diz a minha avózinha: "nem tenho tido parança" - que é uma palavra derivada da forma verbal "parar", como toda a gente vê. São testes e entregas de trabalhos, que se misturam com tardes de estudo e análise de notícias no TAGV. Se eu fosse nova, quando tinha ricas tardes de sofá e pantufas, tinha aproveitado apenas uma meia horinha de uma dessas tarde e, bem esticada a massa, ainda levava ao forno uns dois ou três posts - com fotos e tudo muito jeitoso.

E o fim-de-semana? Oh menina, nem sei se pense, nem sei se diga, nem sei se faça! Aliás, "eu sei lá se é os chineses, se é o c...!" »» traduzindo, estive na Invicta. Ainda apanhei umas quantas molhas, já que o querido que controla a chuva se lembrou de nos lixar o weekend e abriu as torneiras todas - menos a do banho, que quase tomei de água fria.

Acredito e entendo que nada disto esteja a fazer muito sentido, mas vim agora da Associação. São 3h da manhã e amanhã tenho que ler uma bodega qualquer do mugging nos media (ou seja lá o que for), fazer a recensão dessa mesma leitura, preparar o debate de quarta-feira. Sem contar que terça é noite de jantarada cá em casa e de karaoke num qualquer barzinho, com ou sem esplanada.

Para breve, vídeos, fotos, explicações e textos apresentáveis e dignos de referência neste bonito espaço. Para já, uma pequena consideração: é inacreditável como há professores que, mesmo longe, continuam a dar trabalho! Mais valia mandar-me ler o Foral de Seia e assinalar as palavras-chave!

Muitíssimas boas noites.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

actualizações

não sei se fui a única aqui a reparar, mas o intervalo entre cada post começa a ser maior!

Mas isto tem tudo justificação, que aqui não há mistérios. Além de ter cerca de vinte mil trabalhos para apresentar segunda-feira: entre livros que li; recensões sobre a publicidade e os media (um tema bonito de se estudar) e artigos de opinião sobre livros do Eça (...); tenho ainda malta amiga que quer é cafézinhos e esplanada. E eu não me faço esquisita, que isto de se recusar convites é muita falta de educação.

Há jantares malignos que nos levam até ao karaoke para cantar D'Arrasar, NonStop e José Malhoa. Acaba-se a noite no microfone: "they try to make me go to rehab / but I said no, no, no". E lá se vai andando, uns dias melhores que outros - quando as costas percebem que não tem 60 anos e não têm, portanto, motivo para doer.

Agora vou arrumar o quarto, que sou uma rapariga prendada. Varrer tudo, passar a esfregona, esperar que seque e arrumar a mala. Depois é fazer os possíveis por entrar no comboio que vai para a Figueira, e não no que vai para o Entroncamento. Vou então, adeusinhos. Até prá semana!

terça-feira, 17 de novembro de 2009

coisas que me podem oferecer


As decorações de Natal já começam a surgir ... portanto, quem quiser aproveitar os primeiros saldos e oferecer-me qualquer coisinha no Natal, fica já com uma dica: THE FALL.

sábado, 14 de novembro de 2009

Vocês sabem lá!

Sexta-feira à noite há ensaio da filarmónica. Como sempre, começou atrasado aí uma meia-hora. Os poucos músicos que já lá estavam puseram a sua cadeira no lugar, orientaram uma estante e montaram o respectivo instrumento. Nisto, o maestro distribui uma música nova: o tema principal do Rocky. "Ui, ui, ui o Rocky VI!" Já não começamos assim muito bem, mas siga! Pior ainda porque só lá estava o 3º trompete e o raio da banda sonora acabou por soar tão potente e violenta como a abertura do Bob o Construtor.

Depois deste bonito momento, roda o afinador por todos - a ver se deixamos de soar a Zés Pereiras embriagados a tocar gaita de foles. Entretanto, surge em magote mais de metade da filarmónica, como se tivessem chegado todos no mesmo autocarro. Compõem-se os clarinetes, as trompetes e os saxofones tenores, e finalmente temos número suficiente para conseguir fazer alguma coisa. Hipoteticamente, claro.

Quando passamos à música seguinte, para preparar o concerto de dia 28, uma das trompetistas sente-se atacada por "febre amarela", e ai de quem a convença que aquilo é só tosse! Temos de interromper e esperar que a moça se recomponha. Depois, para se juntar à festa, é uma das clarinetistas que não consegue tocar e se ausenta para ir fazer uma chamada telefónica. Tudo culmina num naipe de percussionistas do mais alto gabarito: uns são muito atrasados, outros não alcançam absolutamente nada e nenhum sabe onde andam as partituras. Portanto, unem-se num grupo de mariachis e toca de abanar pandeiretas, que é o que soa bonito no "Blues Factory".

A paciência do maestro começa a ceder, bem como a embocadura de alguns músicos. Passamos ao "Português Suave" (que é, para quem não sabe, uma colectânea de músicas "populares" portuguesas). É aqui que a malta aproveita para dançar e cantar nos compassos de espera, enquanto o maestro tenta (sem sucesso) impor andamento à percussão. Como o ensaio estava calmo, aparece um bicho voador enooorme e tenta sucessivamente atacar-me enquanto estou a fazer as semi-colcheias do "navegar, navegar". Arre!

Para acabar em beleza, tocou-se o Hino de Montemor-o-Velho. Foi aqui que o 3º trompetista decidiu soltar a sua voz de soprana histérica, junto com as restantes meninas do 2º papel. A paciência do senhor maestro esgotou-se e acabámos o ensaio a levar nas orelhas porque só queremos palhaçada e não dá para trabalhar a sério. A cereja em cima do bolo veio para mim, que nunca gosto das escolhas musicais (?!) e só reclamo. Pois aqui fica anunciado que no próximo ensaio levo uma lista de coisas bonitas que se podem tocar, género: Rosas de Outono, Alda, Cantigas são Canções, Férias no Luso, Fiel Amigo e (ora pimba) SONHOS DE PORTUGAL.

P.s. Para ser a rainha, só me falta imprimir partituras com cores e ter um (c) de marca registada , com o meu nome, em todas as folhas.

Vocês sabem lá como são animados os ensaios da minha Filarmónica.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Não tenho Gripe A, posso tossir?

Fui encaminhar a minha jogadora ao seu treino, e por lá fiquei a assistir (enquanto as gajas davam um banho de basket àqueles mastronços dos rapazes). Regresso então ao meu humilde Loft, de autocarro, como quase sempre. Ora vinha eu com o barrete verde-pescador (que a minha adorada irmã me ofereceu) quando me vem um vontade incontrolável de tossir. Nestas ocasiões, não há maneira de uma pessoa se conter! Como mandam agora as regras da higiene, não pus as mãozinhas à frente, pus aquele parte do braço que agora está na moda. E não é que as energúmenas que estavam à minha beira se afastam?! [com certeza convencidas que eu tinha o bicho da gripe A!] Pois fiquem sabendo que dera a vocês, queriam ter a honra de apanhar uma doença vinda de mim! Suas.. suas.. suas... suas pudibundas!! - que foi uma palavra que a Tia Fati usou e, embora ninguém saiba muito bem (nem muito mal) o que significa, é muita bonita e erudita.

E agora estou prá'qui, pobre de mim. Só me salva um capuccino (daqueles do Lidl que é só juntar água quente) que me está a fazer lembrar Taizé... quando nós íamos todas encasacadas e doidas de gulodice gastar dinheiro na máquina e sujar o beiço a beber cafés ou chocolate quente.

Não sei se é de mim, mas este quarto está gelado! Nem tenho coragem de tirar o gorro e já tive de me socorrer de uma pachemine lindérrima (em degradé de rosa) para me aquecer o pescoço. Como se não fosse suficiente, descubro que acabei com todos os pacotes de lenços ... o que significa que amanhã tenho de levar um rolo de papel higiénico para a faculdade, se quiser assoar o nariz.

Brr... Hoje vou dormir de gorro, lenço, botinhas, pijama forrado a cobertor e (a cereja no topo do bolo) um mega edredon às riscas. Haja aquecimento.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

27 - 10 - 2009

É cumprir tradição. Ser um jornal do futuro, o que equivale (em termos práticos) a ser embrulhada em papel de jornal; uma corrente de 8 ou mais latas atada ao pé direito, tudo design exclusivo da madrinha. Receber o kit e pôr (orgulhosamente) a chupeta ao peito. Atar uma pulseira: fazer três desejos. Seguir em direcção ao Pintos, comprar traçado e encher o penico.

Reunir em frente à FLUC e aquecer a garganta com os hinos - e traçados. Ver a Pc vestida de mulher das cavernas - linda, linda. Mais uns passos e levei um banho de cerveja (deu a avó) e eis que o fato começa a desfazer-se. Segue o cortejo até à rotunda do Papa, tudo atrás da bandeira, ainda calminho. Descemos até à praça e, a meio, infiltra-se a avó (a de 7o e poucos anos) no meio da festa, a gritar e a pular mais que os caloiros! Fotos e flashes com a mãe e depois com a avó (a outra dos 70 e poucos anos). Agora sim, reencher o penico. Esvazia, enche, esvazia, enche. Woooo... calma! Depois cerveja, pipocas e traçado. Segue a marcha!

Eu e a prima a abrir o desfile, de braço dado e penico na mão. Cantamos nós, dançamos e até levamos a bandeira - que era pesada. Corremos para cima e para baixo - porque ninguém pára Jornalismo, ninguém pára Jornalismo, alé-o! Por aqui algures encontram-se amigos e conhecidos - felizmente, família já não. Mais umas quantas fotos e o fato disse "adeus". [Aliás, sobreviveu uma perna que eu, quase de madrugada, cortei cirurgicamente - para recordação]

Chegamos à baixo e vamos no domínio. Perdemos as madrinhas e corremos tudo à procura delas - só faltou procurar debaixo dos degraus. Encontramos e não as largamos! Seguimos para o rio. Quase, quase, quase que chorei. A madrinha disse umas palavras (decorei "responsabilidade"); revela o nome de praxe (Mari Hendrix, com um sotaquezinho amoroso) e deixa escorrer a água. Como é tradição, paguei o jantar e fomos ficando as quatro, madrinha e afilhada, tia e prima - de praxe.

Sei que acabámos por chegar ao recinto. Dançámos como se não houvesse amanhã, ao som de uma banda que ninguém nunca tinha ouvido falar - mas que deu show! Por aqui, já devia estar afónica. Criaram-se coreografias para o "hot 'n' cold" e descobrimos que sabíamos a letra do Mama Mia. Eu e a prima abraçadas a saltar ou a dançar uma modinha. "Chorei a rir"! Ainda ficámos para o Quim e depois regressámos a pé, para ganhar sono. Um dia a 100, inesquecível.


"It's my life
It's now or never
I ain't gonna live forever
I just want to live while I'm alive

My heart is like an open highway
Like Frankie said
I did it my way
I just wanna live while I'm alive
It's my life "

sábado, 24 de outubro de 2009

"Foge comigo, Maria!" é rapto.

Não que se relacione de maneira nenhuma com o título deste post, queria agradecer em público e para todo o Mundo, através do OdeioErvilhas-Africa e da RTP Internacional, a fantástica surpresa de ontem à tarde, quando vocês, minhas duas criaturas, me apareceram à janela com um fino e Nuggets do MacDonalds! xD Acabámos por passar a tarde a rir e a recordar aquilo que recordamos sempre que nos juntamos os 3. Ainda vimos o "Zona J" e comemos pipocas do Lidl - bem boas. Qualquer tarde com vocês é bem passada, isso é certo... Portanto, apareçam quando quiserem! ;)

Agora o título!
Hoje foi o tal congresso sobre género, media e não sei que mais. O que é certo, é que foi (não querendo ser mázinha) um conjunto de comunicações manifestamente feministas, algumas mais descaradas que outras, diga-se. Mas, dentro da luta das ladys, nem estava a ser nada mau. Gostei bastante da manhã dos dois dias.... a tarde é que contrariou a tendência. Ora, o assunto é então uma comunicação acerca da música rock e das mulheres, algo do género - não posso precisar, que não tenho comigo os papéis do resumo. Mas, avante! A oradora, uma lésbica não assumida e absolutamente frustrada da vida (cuja última relação amorosa deve ter sido na escola primária) veio apresentar um "estudo" sobre o tratamento conferido às mulheres nas músicas do panorama rock português e, aqui e ali, internacional. Até posso entender e concordar que a mulher é vista como um objecto, de acordo com algumas letras... Mas a música é como a poesia: não pode ser levada à letra!! Só porque o Rui Veloso diz que ele levou o seu anel de rubi e a namorada a um concerto de que ela não gostava e que ela, coitaaaada, se veio embora... isso não faz dele um bruto subjugador da vontade feminina, vitimizado pela namorada que o abandonou no concerto! Outro exemplo notável: "Se eu gosto de ti / Se gostas de mim / Se isso não chega / Tens o Mundo ao contrário". Mas, oh coisinha, onde raio é que tu lês aqui que o sujeito masculino está a obrigar a moça a uma relação ?! ME-DO!! O último, e que me levou a fazer um comentário no momento de debate, foi com a música dos UHF, que eu adoro adoro adoro: FOGE COMIGO MARIA, JÁ! Para a lady-que-acha-que-os-homens-são-mauzinhos, este pedaço de letra, por estar no imperativo, representa uma vontade suprema do homem, que quer » pode » manda » faz acontecer, subjugando a mulher a um papel passivo de receber ordens e acatar, como os chineses. Sinceramente, é demais. Em primeiro lugar, não podemos retirar uma expressão do seu contexto (musical, no caso); em segundo lugar, este tema tem um videoclip em que a dita moça (que vai ser raptada, só pode) está tãããããão contrariada por ir "fugir" (ela vai é ser raptada, já disse, pelo homem-do-saco)!



"Foge comigo Maria » quer queiras, quer não!
Para longe desta terra » ele vai apagar os laços familiares dela!
Meu amor, p´ra toda a vida » vai matá-la, é isso!
É a paixão que nos leva" » paixão?! ele tem um pistola!

Em conclusão, a querida que se assuma! Que compre umas meias às riscas, sei lá; vá por aí cantar Lara Li, Dina ou Lena d'Água a plenos pulmões! Há todo um Mundo a cores para apagar essa frustração! Se ajudar, que ouça BeeGees ou dance Kisomba, desde que deixe o Rock Português longe desses acessos de fúria!

Paz!!

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

A felicidade é azul.

Quando eu era aluna na Secundária, se acaso apanhasse assim uma tarde destas com chuva, aproveitava para ir fazer alguma ficha de História ou fazer de conta que lia o Memorial do Convento. Se por algum motivo especial tivesse havido almoçarada nas bombas, o mais provável era estar por esta hora reunida com a comandita no sofá da AE a ler a revista Maria e a beber Redbull.

Agora é diferente. Ou estou num qualquer cunbíbio no Couraça ou no Cartola; ou fico por casa a ver as Tardes da Júlia, a pensar nas coisas importantes que tenho para fazer (amanhã) e a contar os tostões para mais loguinho.

Ihh, gosto mesmo disto.

(Dou 10€ a quem me fizer a caridade de ler o Mitologias do Rolan Barthes e trocar aquilo tudo por miúdos, a ver se entendo. Recuso-me a fazer mais alguma tentativa de ler aquilo sozinha: primeiro, porque me sinto estúpida, género boi a olhar para o palácio - versão literária e no feminino - em segundo lugar porque, pfffffffff... não há paciência.)

terça-feira, 20 de outubro de 2009



Que ninguém me diga que a vida de caloira em Coimbra é má! É JORNA, É LISMO! É (PIIII*) E (PIIII*)!

*não vá aparecer uma daquelas senhoras da baixa à janela a gritar que somos "malcriadonas", "porcas" e "badalhocas"!

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Mudanças

Durante a semana, sei onde tenho tenho tudo arrumado, nas pilhas de roupa ou de cadernos que se formam no quarto. Sei que vou encontrar tudo tal e qual deixei de manhã: se a cama ficou por fazer às 8:30h, ainda vai estar desfeita quando chegar as 18h, ou, se o livro do Roland Barthes ficou em cima da televisão, estará na mesma quando voltar.

Se me apetece comer pêras, vou à mercearia no fundo dos arcos do jardim e compro umas quantas para o jantar. Melhor ainda, posso tocar guitarra no sofá quanto tempo quiser.

Mas, acima de tudo, sei onde estão as coisas. Não tenho de me passar só porque a estante que eu deixei no domingo não é a mesma que encontro no sábado seguinte.

(estou a ficar um bicho?)

domingo, 11 de outubro de 2009

Descobri hoje



que a banda sonora do Ratatouille é genial para fazer trabalhos para DC. É que me salta um português bonito, refinado, uma coisa estapafúrdia de boa. Uma maravilha quando tenho de ocupar duas páginas para dizer o que ficaria mais que bom num parágrafo, utilizando assim a bonita arte de engonhar.


Agora vou ali ouvir a música da Heidi (em português e em espanhol) e ficar muito muito feliz, porque já só me falta acabar um trabalho para ter o fim-de-semana (?!?!?!?!) livre! Yes, yes, yes!

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

eu disse que tinha mais que fazer na quinta-feira

Acordei à hora certa, com o despertador do telemóvel, e pensei se saía da cama ou não. Foi uma daquelas manhãs complicadas em que uma perna pergunta à outra: "Como é? Ficas ou vais?". Acabei por saltar (quase literalmente) para fora cama, que é como custa menos. Logo depois, o duche matinal contribui para despertar, mas o calor do secador de cabelo devolve a moleza e a vontade de regressar à cama. Completamente desorientada com sono, lá fui à procura do Auditório da Reitoria, que afinal nem está assim tão escondido como eu julgava.

É verdade assumida que quando somos obrigados (ou gentilmente convidados) a fazer seja o que for, e mesmo que seja algo muitíssimo bom, acabamos sempre por encontrar defeitos - nem que seja na cor das calças de alguém, nos nós das gravatas, ou até mesmo nos vestidos das senhoras. Quero com isto dizer que a manhã foi aborrecida. Tirar algumas notas começou a exigir esforço demais e o cérebro limitou funções, passando a estado hibernante. Trocar mensagens com a família que está na Bélgica sempre é algo mais acessível, e a que o sistema não se negou.

No furo para almoço, acabámos a discutir a vertente artístico-musical do Tony Carreira e o preço dos bilhetes dos concertos da Rita Redshoes. Caros, concluí.

Na parte da tarde, na qual a presença era opcional, a plateia diminuiu francamente. Fiz questão de ficar, para assistir à comunicação de uma das responsáveis (além da Prof. de Português e da Judite de Sousa) de eu ser caloira de Jornalismo: menção seja feita a Maria Carmo Piçarra (jornalista e investigadora, crítica de cinema com publicações na Première, Independente, Sábado, Visão, Público, etc etc etc). Como seria de esperar, amei. Se a referida fosse cantora, eu seria daquelas fãs com bandeira, cachecol e t-shirt, que vai, no final dos concertos, pedir autógrafos em toda a discografia.

Ora, saí do Colóquio muitíssimo bem-disposta e fui dar um passeiozinho de fim de tarde, rua abaixo - rua acima. A certa altura, as pernas queixaram-se das horas a que foram expulsas da cama de manhã e reclamaram descanso. Acabei por encontrar um cafézinho pequeno, daqueles tão bons que às 19h ainda tem um cliente. Entrei e pedi uma coca-cola [estupidamente] gelada. O dono do café ia cantarolando um fadinho da Amália, todo contente, enquanto se distraía a ver a bola na televisão.

- Oh menina, então o tempo? Parece-lhe que vai chover?
- Ah, eu digo que não. Olhe lá, até já está mais solinho.

Todo castiço nos seus 60 anos, ia demorando a abertura da garrafa de vidro, para trocar dois dedos de conversa - como se costuma dizer.

- Então e a menina não quer petiscar nada? Olhe que as sandes de frango são muito boas, toda a gente diz bem delas!
- Não, obrigado. É mesmo só a coca-cola.

E desistiu. Mas eu, como estava a gostar de ali estar, também me deixei demorar e também me distraí a ver a bola.

- Olhe lá, então e uns tremocitos, quer um pires?
- (riso contido) Não, deixe estar.

Regressou ao balcão e serviu-se de tremoços. E, não havendo assunto melhor, lá regressou - entre tremoços - à meteorologia:

- Isto hoje está um tempo que não se aguenta. Safa!
- (riso contido) É verdade!
- Até me custa que esteja só a buber coca-cola! Não quer um pastelinho de nata?
- Olhe, pode ser! (risos)

E tive de desistir eu, não fosse o senhor lembrar-se de enumerar toda a ementa ou de me ir arranjar um prato de moelas! No final, até me fez um desconto.

Nem devia ser preciso dizer que saí dali mesmo contente. Quase com vontade de ir cantar o "The hills are alive / With the sound of music" para o Jardim Botânico. O dia estava a ser intelectualmente desgastante, nada me podia saber melhor que uma pausa com um "pastelinho de nata", caseiro. Cheguei a casa tão alegre que me passei completamente e fui sacudir os tapetes, varrer o chão, arrumar o armário e as estantes - tudo ao som de José Cid, com a janela escancarada. O quarto ficou a brilhar!

Depois de um duche rápido, voltei a sair para um jantar de MacDonalds, animado como se quer; seguido de uma aventura na estrada com abraços de medo no banco de trás. Regressa-se em bando para um sessão de guitarrada acústica, com vista à criação da primeira boysband mista de Portugal.

Eu acabo a noite no blog, a cumprir vício e calendário.

E com tanto escrito já é sexta-feira! ;)

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Planos para hoje

Queria ir ver um filme, comer um gelado ou beber um café. No fundo, ir aproveitar o tempo estranho que está e a chuva que vai caindo, tímida. E nem era bem isto. Queria sair do quarto, deixar de pensar nisso e de ouvir o mesmo fado. Mas nem sempre tenho sorte, e hoje foi dessas vezes.

Disseram-me um dia que "o que não tem remédio, remediado está"; portanto, fico em casa. Vou fazer um serão digno de lar de idosos. Vou enfiar o pijama e ver uma novela qualquer. Abrir a janela e afastar o cortinado: ver a chuva cair. Depois sei que vou ficar com frio e com a garganta a dar sinais de recaída. Fecho a janela e enrolo-me no cobertor. Entretanto deve acabar a novela, espero eu. Hei-de ir à cozinha aquecer um capuccino de saco, daqueles do Lidl, muito bom. Pego num livro qualquer dos três que tenho na estante e vou ler umas páginas. Algures, sei que a escolha aleatória há-de parar nesta música, e eu vou ficar o resto da noite a pensar que é toda, toda, toda verdade.

E depois é quinta-feira e tenho mais que fazer.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

a Mariana não tem namoradito.

Eu devia ter desconfiado que a conversa tinha de cair no campo do desagradável quando a travessa dos acompanhamentos parou assim à minha frente (e o primo fez questão de tirar foto):

Com certeza a empregada estava muito bem humorada. Ou isso ou é ceguinha, que me desculpe!


Era almoço de família, mesa corrida e tudo reunido - como se quer. Os tios e as tias com os respectivos cônjuges e os primos e as primas com os namoradas/os. Também como é tradição, dezenas de travessas, como se o almoço se fosse prolongar por mais do que uma semana. Se não me engano, já tinha vindo a grelhada mista quando alguém se lembrou de sinalizar: "Ora, só aquele cantinho ali é que não trouxe ninguém!". Vamos especificar: o cantinho ali seria mais concretamente eu, porque, mesmo incluindo (geograficamente) a outra prima, essa está fora das contas porque é a mais nova. E, coitada, mesmo que já não tenha 10 anos, vai continuar sempre a ser a mais pequenina. Como nesta família ninguém deixa nada pendurado, continua-se o bombardeamento: "Só a Mariana é que não tem namoradito!". E aqui já eu desejava que uma das placas do tecto caísse. "Namoradito? Mas que me*** é essa?!" - óbvio que não verbalizei.
Para a situação não acalmar sem eu as ouvir todas, ainda tive a sorte de estar sentada em frente ao meu querido primo que fez questão de recordar que o que eu quero mesmo não é um namorado em versão diminutivo!

Agora sim, tenho a certeza: adoro almoços de família e sou maluca pelo uso do diminutivo.

sábado, 3 de outubro de 2009

"Não olhes pra mim, não olhes"

Ainda agora estava furiosa, danada dos pregos (como se costuma dizer). Tinha planeado vir aqui deixar uma qualquer mensagem hiper raivosa, capaz de reflectir a vontade que tinha de mandar alguém à Quinta do Caraças. Depois pensei que, antes disso, e para conseguir explicar-me melhor, devia ir ao iTunes escolher um tema qualquer muito metálico para furar os tímpanos a quem abrisse esta página.

Esqueci-me que tinha a escolha aleatória... quando carreguei no play ouço a Amália a cantar a sina da Comadre Mari' Benta. Agora estou só a pensar que, depois de uma certa hora, sou a criatura mais ridícula que conheço.

As melhoras ao garoto da Comadre Mari Benta.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

L'italiano

Depois de uma manhã em bebedeira psicológica, com os símbolos, signos, significantes... Nada melhor que almoçar um belo esparguete com atum - um sonho de receita, só meu.

Ainda que haja "pequenas coisinhas" que duvidem dos meus dotes culinários, não me fico nada atrás daquele Chefe do canal 2:, que convida sempre famosos para cortar as corgettes e depois comer à grande.

Segue-se em romaria até aquelas ruelas pequeninas de Coimbra (com bares hippies e outras animações nocturnas) para por a conversa em dia, beber um maravilho "café de saco" e conhecer o Cef.

Depois de um lanchinho no MacDonalds (incomparavelmente mais fraco que o almoço), vamos para onde a animação realmente acontece: quarto esquerdo do número 3! Está a comandita reunida no sofá quando desce (graciosamente) as escadas a inquilina do 5º piso... "até me embasbaquei xD"

Chegam as 18h e dizemos adeus à Santa:




Portanto, concluo o dia com o seguinte pensamento (e creio que a pc concordará...): Padeiro, "l'italiana è meglio che quella portoghesi!!!"

Ficas sabendo que até vou por uma velinha, a ver se o Sinhori te alumia o caminho!

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Yes, we can ... ?



Isto só lá vai com um Buraka em cada esquina
Um bacano que domine a Buraca, a Damaia e a Serafina
Isto só lá vai com quem resolva o problema
É preciso um novo método: um Baraka Som Sistema

Isto só lá vai com um brother Luso-Africano
Um bacano nascido em Almada
Ou em território Angolano
Isto só lá vai com o hino em Kisomba
O Parlamento no Mussulo
Ninguém dorme, tudo bomba!

Iá, nós podemos
(Baraka Obama, oh oh oh)



"Quem é que diz que nós não podemos? Podemos sim, porra!"


P.s. Afinal os professores gostam muito da Milu; os enfermeiros não vivem sem a Ana Jorge; e o país em geral adora o curso tirado ao domingo do Engenheiro Sócrates.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Gripe B

Só os rebuçadinhos do Santo Onofre é que me acodem.
Tenho, pelo menos, um berbequim, uma serra eléctrica e meia dúzia de lixas presas na garganta. Juntando a isso um voz de bagaço velho e as alterações climáticas que (aparentemente) só eu sinto, dá para ter uma pequena ideia do bonito estado (de graça) em que me encontro.

Tirei a tarde para me deixar estar na cama, com os meus Onofres e águinha del cano - que na vida do estudante não há luxos de tomar chá. No máximo, arranjam-se duas almofadas para as costas e uma mantinha para por nas pernas.

Vou-me entretendo a ler o semanário SOL e a catrefada de revistas que vêem de bónus. Deixo no repeat uma música qualquer do chill out e faço um esforço para não adormecer às 5 da tarde. Apetece-me meter conversa com os contactos todos que estão online, mas sei que me vou aborrecer e acabar a fazer uma tese sobre o sabor dos peitorais Santo Onofre.

Se a minha tarde não é a pura da deprimência, não sei o que será.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

o C.U. do caloiro

Graça: Mariana
Gracinha: Pardal
Dentição: 18
Estrebaria: Montemor-o-Velho
Pasto: JORNALISMO
Fetiche: Encontrar um fetiche decente » Fazer como no Discovery Chanel (1)» Fazer o amor com o Dr. Custódio (1)

(1) devido ao meu grau de decência, as Doutoras acharam bonito adicionar estes dois fetiches


Descrição:
O caloiro é um animal.
O caloiro reconhece os Doutores pelos sapatos.
O caloiro não levanta os olhos do chão.
O caloiro obedece.
O caloiro não tem opinião e não responde.
O caloiro não canta, grita.
O caloiro abana as ancas.
O caloiro é um ser assexuado.

O grito do pasto:
NÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓS, somos de JORNALISMO!
É foda e dinamismo!
É a malta mais poteeeeente!
É a malta do caralho,
a que tem maior vergalho
E que fode toda a gente!

Recapitulando, porque o caloiro é burro ...

QUAL É, QUAL É ?

QUAL É, QUAL É O MELHOR CURSO?

É O CURSO COM MAIS DINAMISMO!
É O CURSO DE JORNALISMO!



Pfu ... coisa que não vai haver esta semana é R.E.S.P.E.C.T.
CALOIRA sofre p'ra caraças.

sábado, 19 de setembro de 2009

O vizinho (2º capítulo)

Como está publicado por aí algures, já tenho quarto na cidade. Estou numa casa muito simpática, com 5 pisos e 14 quartos, uns quantos wc's e áreas comuns - que a senhora empregada varre, aspira e lava todas as quintas-feiras. Hoje fui lá deixar umas tralhas e aproveitei para concluir o processo da matrícula (que dá mais trabalho que o Deus-me-livre-e-guarde) e tratar do cartão multibanco, que me vai fazer muito feliz.

Depois de me ter enganado nas ruas, subido e descido a apanhar chuva na moleirinha, lá acabei por encontrar os 'Grilos, onde tinha de ir entregar papelada. Tratei da minha vida e, pouco depois das 11h, já estava despachada. Fiquei então com a tarde livre para croché e ponto cruz, no meu quartinho azul. Lá segui o meu caminho, na ideia de ir arrumar as loiças e arranjar um cantinho do armário para guardar os cereais - do Lidl. Estava tudo a correr surpreendentemente bem.

Voltei a sair ao meio-dia para comprar o almoço num take away - porque uma pessoa como eu não cozinha, compra fora. Vinha já de regresso, estava no fundo rua, e vi uns cortinados muito cor-de-rosa a esvoaçar de fora de duas janelas. Mais uns quantos passos e percebi que eram da janela da minha casa, do piso acima do meu. Pensei: "devo ter duas Barbie-Girl lá em cima, lindo". E segui, entrei e almocei, que não tenho nada que ir cheirar a vida dos outros.

A certa altura, lembrei-me de perguntar à moça do piso de baixo se ela sabia a password da net - sim, porque o meu barraco é muito desenvolvido e tem a internet em todas as divisões! A rapariga estava de saída, não sabia, mas disse-me para perguntar ao rapaz do piso de cima. Lá fui eu escada acima. Ouvia-se o barulho de uma televisão num dos quartos e bati à porta. Nada. Bati outra vez. Nada. "Mas estão a gozar, carago?" *pensei eu* Nisto, abre-se a porta até metade, para me surpreender com um jeitoso, usando apenas um bonito boxer em tom cinzento, da DIM - vi eu. *olááááááááá, mas quem és tu?* Concentração e password da internet! Também não sabia, ora diabo. Entretanto, ainda lhe consegui fisgar o mobiliário do quarto - e as horrendas cortinas eram dali. Me-do.

Como não havia net, e a guitarra estava danada de desafinada, resolvi ir contar carneiros a saltar vedações. Ferrei no sono imediatamente. Devo ter dormido aí umas duas horas, só não mais porque o Piruças do andar de cima decidiu ligar o cd COMPLETO da Mariah Carey às 4 da tarde. Óh filho, uma coisa é teres cortinas cor-de-rosa... a outra é acordares-me ao som lancinante dos gritinhos da Mariah. Mau, mau.

Já que não dava para dormir, vim pôr-me à janela a ver os carros passar. Passados uns 15 minutos apareceu um Micra todo lançado, no fundo da rua. O estacionamento estava atafulhado de grandes carrões - um Audi lá ao fundo a piscar-me o olho, inclusive. Estava eu tão entretida a ver a vida passar, quando sai de casa (eu vi, porque estava na janela) o tal rapaz, acompanhado de outro. Que me caia já o tecto se eu estiver a mentir: eu NÂO o tinha visto a entrar! Portanto, das duas uma, ou ele se tele-transportou para dentro de casa, ou estava no quarto semi-aberto do semi-despido. Hmmm.

Como se isso não fosse suficiente para uma tarde, ainda descubro que o Audi era do tal vizinho de cima! O AUDI!!! Ora vejamos, tudo bem que tens um Audi *óh Maria Amélia*, mas a não ser que me dês boleia, livra-te de repetir a matiné - e troca-me esses cortinados, por amor do Buda!

Amén

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Improbabilidades

Improbabilidade s.f. 1 qualidade do que é improvável; 2 falta de probabilidade; 3 algo que não é provável acontecer ou verificar-se (Do lat. improbabîle-, «que não pode ser provado» +i+dade)

- Dicionário da Língua Portuguesa, 2006, Porto Editora

Situação #1

(quando as imagens valem mais que as palavras)





Improvável, podia pensar-se, que o Major Valentim Loureiro tivesse feito uma piquena e média interpretação do tema "Eu tenho dois Amores", num programa apresentado pelo Marco Paulo - e a sua combinação de roupa ultra sexy.




Ainda no YouTube, seria improvável encontrar um vídeo do "KikzZ" e a sua Cort M200, numa interpretação a preto e branco de uma qualquer música dos Morangos com Açúcar.

Situação #2

Não seria provável eu não chegar viva à primeira semana de aulas - e não culpem a praxe, porque ainda nem a vi. O caso é que anda aqui um pandemónio! O meu quarto parece um armazém e, a julgar pela quantidade absurda de entulho que tenho mesmo de levar, diria que vou passar dois semestres ao Líbano. Mas enfim, também seria improvável ir à procura de quarto em coimbra; estacionar o carro; ligar para o número que estava numa janela; ver o quarto e morrer com a humidade que lá estava (mas o problema era só a humidade, "não se pode dizer mais qu'ó que é"). Passar da porta número 2 para a número 3. Entra-se, vê-se, gosta-se e fecha-se contrato. Assunto encerrado.

Fazer a matrícula em casa, de pijama e chanatas, para evitar as bichas (as filas, perdão). Agora, como o problema "se não é do cu, é das calças", ainda há que tratar - rápido, rápido - do cartão multibanco dos alunos! E não te esqueças de levar a fotografia e os papéis para entregar no Palácio dos Grilos! Olha, e vê lá se tratas de tirar cópias da chave da casa em Coimbra! E, outra coisa, já foste ao armário escolher os jogos de cama para levar? Vê lá isso...

Finalmente, começo a perceber a abrangência da (mítica) expressão:

"SANTÍSSIMA MADALENA"

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

a minha vida "daqui a" 10 anos

Hipótese número 1)
"Boa noite, sou a Mariana Pardal e este é o Jornal Nacional."

Eu num apartamento super in em Lisboa, um labrador retrivier e muito whisky. Ordenado chorudo e meia dúzia de aparições na capa da Caras, Vip e Lux - com revelações escandalosas dos podres da minha vida. Tenho liberdade moderada para tratar políticos e juízes abaixo de cão.
Um carro super, super, super topo de gama e meia dúzia de empregados na casa de férias em Cascais. Um jardineiro mulato e um pool-boy absolutamente africano. Vive-se bem.

Hipótese número 2)
Filmes alternativos e sacos cama num sótão.

Eu, o Padeiro e a Pc acampados em Cuba, no Alentejo. Usamos calças hippies, t-shirts dos metallica e o cabelo divide-se entre as rastas e o inacreditavelmente porco. Dormimos no sótão de uma velhinha simpática de 84 anos que todos os dias nos conta um capítulo da vida que se lembra. A Pc sai de manhãzinha para ir dar aulas de história nas povoações vizinhas, ao volante do seu Ford Escort amarelo-ferrugem. Regressa à noitinha, com aparas de giz e borracha no cabelo e papéis colados nas costas. Aos fins-de-semana, vai a casa visitar o marido e matar saudades do gato.
O Padeiro ressona até ao meio dia e eu faço um esforço para não matar (a tiro) o galo da vizinha. Escrevo argumentos e artigos para o jornal da paróquia, faço castings e cenários; Ele grava, realiza, edita e faz as pipocas, para vendermos nas sessões de cinema que vamos fazendo pelas aldeias. O público adora! Somos estrelas rurais, conhecidas por essa Beira Interior acima - e abaixo. Somos felizes comó caraças.




Além de sermos atropelados por uma quadriga desembestada de vacas mirandesas e enfeitiçados pela vindente Ema do Jumbo, garantiu-me Merly de Manfredo que, daqui a 10 anos, hei-de ser estupidamente mais feliz que e Heidi - na hipótese 2.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

48 tãão saudáveis

O que Portugal precisava era de um primeiro ministro desta natureza:



Pagava para ver a Man'ela a fazer estas danças!


(Hugh Grant, 48 anos de saúde completados hoje)

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Festa na terrinha!

Dia 4

Susana Félix


Um concerto fantástico! Eu e a Tanita (depois chegou a Pc, o Pardal e a Daniela) fomos os maiores fãs que algum cantor poderia desejar! Pena é que, quando se pedia para o público cantar ... só se ouviam duas moças histéricas na terceira fila, à direita - uma ainda com o uniforme de trabalho! ;) Fomos grande, Tanita!

P.s. Fã que é fã, tem dois autógrafos e duas fotografias, em 15/20 minutos.

Dia 5

Tony Carreira

O concerto que revelou uma Inês fã de música portuguesa, ao mais alto nível. Destaque também para um grupo concorrente de meninas dos coros que se criou ali naquele público (com fãs que sabiam as letras todas - de todas as canções).

Dia 6

Paulo Gonzo e Lúcia Moniz

Fiquei na cama a ver Mentes Criminosas. Diziam hoje as más línguas que a Lúcia M. estava afectada por substâncias que variam entre álcool e/ou droga (dependendo das versões). É uma pena a Man'ela Moura Guedes ter-se demitido, senão sexta-feita já se apurava a verdade dos factos, com mais uma investigação TVI - com todo o rigor.

Dia 7

Táxi

São agora 4 da tarde, a única coisa que faz barulho é o vento.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Vai tudo Abaixo!

Já sabia que ia acontecer, mas nunca pensei que fosse tão depressa. Ía a passar por lá, para encurtar caminho no meu passeio de fim de tarde, quando olhei para o portão.

"CADÊ O BLOCO A?!"

Os trabalhos de demolição da Secundária vão avançados. Aliás... já veio tudo abaixo. Os 4 blocos são agora um único. De entulho, pedregulhos e arames, tudo revirado e sem gosto. De uma estranha maneira, custou-me ver aquele circo.

Se não me engano, o primeiro a cair foi o B. Lembro-me de ter falado com a Luci a respeito disso. Ela disse que esse não lhe causava grande pena. Coitada, ainda deve guardar o trauma de um certo e determinado episódio que envolveu canetas e um objecto voador não identificado a sair disparado pela janela, em voo picado. Ou isso, ou a filosofia do 10º ano. Não me posso é esquecer dos filmes históricos das terças à tarde, nem do bonito acto de "gritar ao morto", depois do último teste.

Não que interesse a ordem, caíram todos. O bloco D, dos mistos a meio da manhã, acompanhados pelo Compal de Manga (fresquinho). As taças de ananás, fortemente disputadas pelas elementas do tripé. As aulas de Área Projecto, com os tiros do CS em banda sonora ou as tardes e manhãs de sesta no sofá da AE, numa de faltar a Sociologia. Sono embalado com o Pó de Arroz do Carlos Paião, com os desenhos animados da 2: ou com a Dona Júlia, todas as tardes.

O bloco A da biblioteca. Das tardes a queimar neurónios, numa qualquer pesquisa para um trabalho super importante (e, salvo raríssima excepções, atrasad
o). Era uma espécie de alternativa a tudo: quando não havia nada para fazer, ia-se para lá. Chatear a Dona Funcionária, ver a "Lagoa Azul" ou fazer entrevistas ao Padeiro, com base nas Enciclopédias do Reino Animal. No andar de baixo, a Santa Reprografia - onde pudemos enfiar as cabeças na máquina fotocopiadora para oferecer uma prenda de aniversário à prof de História.

O bloco C dos bancos, das apresentações na 5. Quando mascarávamos duas horas de palhaçada e fatos variados com o trabalho de AP. Das aulas de Geografia e Economia. Aquele cheiro nauseabundo, a brisa fétida que nos vinha sempre dizer "Bo
m Dia" antes das aulas de Português. O átrio, onde ensaiámos a claque para as Escolíadas. O campo onde eu, à 4ª volta de resistência, comecei a ver o Mundo meio fosco e caí para o lado. A rede que dava prestígio aos putos - e aos Cef's.

Enfim! Lembro-me de quando três raparigas muito animadas disseram, num baile de finalistas:

"-Vamos brindar!
- A quê?
- A três anos de putice!
- A 3 anos de vacarrice!
- A 3 anos de amizade!"

Tendo aqueles 4 blocos como cenário. As paredes tinham recordações especiais. Cantinhos que, durante 3 anos, foram só nossos. Pessoais e intransmissíveis. Como a nossa mesa nas Bombas, o menu do dia no Bibz ou as saladas na Romina.

Secundária,

"Já me perdoaste tanta vez

Desta vez estás tu perdoada
Volta, volta meu amor estás perdoada"


P.s. Vou dar de beber à dor, que é o melhor. "Já dizia a Mariquinhas."


segunda-feira, 31 de agosto de 2009

a cachopa dele sabe a chocolate.

Ainda a Moldávia não sonhava ser independente, já ele era "O Homem dos 7 instrumentos", poeta, compositor e músico.

Se a Wikipédia não me falha, completa hoje 64 anos. Parabéns!






(bem que nos deu uma trabalheira descomunal com as suas músicas, para o trabalho do 25 de Abril!)

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Hip, Hip, Moldávia!

Fez-se contagem decrescente, houve guerra para saber quem disse primeiro ... e depois eu, que fui sempre assim de lágrima fácil, deixei-me levar na conversa, nas recordações, nas mensagens que iam chegando e naqueles dois (e depois chegou o terceiro elemento dos) especiais que mantiveram a madrugada animada.

(somos alguma coisa parecida com uma família, segundo dizem)


Por me terem acompanhado na infância, nas estupidezes enquanto fomos teens, na boa vida de Secundária (Marias', Padeiro)... e por terem contado os minutos até à meia-noite, OBRIGADO. Estão algures por aqui < 3 , deixem-se ficar.

"Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos."
F. Pessoa.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Lembrete

Só para que não haja ninguém a dizer que se esqueceu, deixo lavrado em acta que, no dia 27 de Agosto de 1910, nasceu Madre Teresa de Calcutá - missionária, religiosa e activista albano-indiana, ou indiano-albana (nunca cheguei a perceber).

Mas, ainda mais surpreendente que isso (e com certeza digno de uma grande celebração) é que, em 27-08-1991, a MOLDÁVIA


torna-se um país independente da União Soviética. Fiquem vós sabendo que a minha querida Moldávia é agora (atentem) uma República Democrática Representativa Parlamentar (toda eu sou uma Wikipédia de informações).

Termino deixando uma saudação amiga à Primeira-Ministra Petrova Grecianîi, minha ex-colega de máquina no curso avançado da Singer.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Simpsons (depois do solário)


Quem é que não conhece a mais louca família amarela da televisão? Pois... Segundo a informação do MSN-Notícias, a malta dos África. Após anos de ignorância, uma televisão resolveu comprar o programa para transmitir em Angola. Os directores de publicidade dessa mesma estação resolveram transformar os Simpsons numa típica família angolana, para conseguir melhores audiências. O resultado final do génio desses indivíduos, segue abaixo....


(deduzo que haja um prémio final no valor de 50€ para quem conseguir identificar todas as diferenças - parvas. Adorava ver a reacção das senhoras idosas quando virem que o cabelo da Marge não é preto...)


P.s. Melhor que isto, só se tivessem transferido a Heidi das montanhas para um nu integral de uma qualquer praióca de São Tomé e Príncipe. Go Africa!

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

verde, roxo, branco e cinzento.

Depois de duas noites a dormir num saco cama, no tapete da sala... regresso ao meu quarto para inalar o cheiro tóxico da tinta verde das paredes - pintadinhas de novo.




[ "I gotta feeling that tonight’s gonna be a good, good night" ]

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Lembras-te desta?

As matérias da escola continuam a perseguir-me pelas férias. Ainda agora liguei a televisão para o habitual zapping das 0:00, e estava a dar uma coisa qualquer sobre o Comunismo de Guerra da URSS, qualquer coisa relacionada com os bolcheviques - que já se me varreram do espírito.

Depois de tão incómodo déjà vu, refugio-me na paz do computador e ligo o iTunes em modo aleatório. O sistema escolhe, e eu, se achar apropriado, ouço. Entre algumas decisões erradas, surge um sonzinho bem conhecido ... e perdido em recordações das míticas aulas de Economia. Verdade seja dita que mais vezes acabei os trabalhos do curso de inglês ou escrevinhei letras de músicas nos gráficos do Produto Interno Bruto, do que aquelas em que realmente estive 90 minutos única e exclusivamente atenta. Sumários, era vê-los passar...

P.s. Só para que conste, é nestas disciplinas em que eu não sei ler nem escrever que chego ao exame e tiro um notão. Nas que me matei em estudos e trabalhos, chega a altura e é uma amargura de resultados finais.

Num desses blocos de 90' a minha caríssima e muito estimada colega de carteira descobriu a música do Prince, algures numa pasta do meu iPod. Ainda te lembras?

"You don't have to be rich
To be my girl
You don't have to be cool
To rule my world
Ain't no particular sign I'm more compatible with
I just want your extra time and your...

KISS.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Toda uma infância feliz

De vez em quando, alguém cá em casa tem ideias peregrinas, do género: "agora vamos todos para a praia e tu ficas em casa, a converter as cassetes - mais velhas que o caraças - para dvd's". E eu alinho, porque nem gosto muito de ir para a praia, muito menos com a comandita toda.

Fico, e tenho de montar um arsenal de cabos e ligações, desmontar o leitor de VHS e ligar tudo à televisão. Depois, arranjar maneira de ligar isso tudo ao computador, para converter as gravações e finalmente poder livrar-me de mais uma invenção de quem, nitidamente, não tem mais nada em que pensar.

Obviamente, não funciona. Ou porque o computador não aceita o programa, ou porque a maquina afinal não é assim tão maravilhosa, ou simplesmente porque está tudo unido para me moer a paciência. Como não dá mesmo (e sabe Deus que eu tentei...), arrumo tudo, chuto o restante material para um tapete e sento-me no sofá... "Ainda quero ver o que raio tem estas cassetes de tão importante......"

E aparece-me uma criança no ecrã. Num andarilho dos bebés, com uma carinha de atolambada, a trocar os olhos e as pernas. Depois o fio de alguém que se debruçou... "OH!! É a minha avó!! E não é o Jardim Botânico... são os vasos de casa dela!!". Credo. Será que aquele cepo de criatura... sou eu?! :O Por esta altura, já estou em choque.

- Ó irmã! Chega aqui à sala, rápido!!!! Anda!!!!!!!

Ela lá sai da piscina e vem , como pessoa simpática que é - desde piquena...
Sentamo-nos as duas no sofá, e segue o vídeo. Quem está a gravar é o meu pai, reconhece-se pela voz. Anda ali também a "avó" Olívia. E... a "monga" continua às turras com o andarilho nas flores. A avó pede-lhe que bata palminhas ou que cheire as flores. Mas não, as únicas duas acções que a criança conhece são: 1) arrancar a flor mais bonita do ramo - com a variante - 2) arrancar a flor mais bonita do ramo e pô-la na boca. Nisto, cruza o ecrã uma miúda com um penteado Beatriz Costa, a pedalar de cabelinho ao vento. Além do hairstyle, toda ela muito fáshion, com um macacão vermelho da moda a fazer pandam com uma t-shirt amarelo-canário. De chorar por mais.

Estava eu afogada em lágrimas e riso, enquanto a minha irmã (agora muito menos fáshion que há uns anos atrás) ia identificando as personagens do filme. Eu era, sem dúvida, a miúda que comias todas as flores que pareciam apetitosas - no fundo, eu sempre quis ser vegan, mas nunca me deixaram; a natureza sempre teve uma relação muito "tu-cá-tu-lá" comigo. Muito menos difícil será prever que a Alves Barbosa, versão feminina e requintada, é a minha irmã.

Aquilo parecia um Big Brother, à moda antiga. Só que neste reallity-show,não dava grande jeito dizer mal dos concorrentes - se bem que, nem eu nem ela, fizéssemos a mais piquena ideia do que qualquer uma das nossas versões não evoluídas fosse fazer. Já tinha passado algum tempo, e não havia grandes alterações: eu arrancava e comia flores, ela passeava na bicicleta com rodinhas e, quando solicitada, vinha tirar-me as ervas da boca.

Sempre tive alcunhas, toda a gente tem. Mas, o que descobri nessa tarde - e que mudou irremediavelmente essa semana, e quiçá todo o mês - foi que, quando eu tinha 1 aninho de felicidade, e a minha irmã 5; eu andava num andarilho e ela numa bicicleta; eu comia flores e ela mas tirava da boca; éramos filmadas nesta rica vida, no jardim da minha avó; ela me chamava:

FRU-FRU GAITINHAS

Se depois disto vou arranjar uma placa a dizer atolambada, afixá-la na testa e sair à rua com flores na boca... é possível que sim. Muito provável, diria mesmo.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Esgoto a Poesia




"Nadei contra a corrente
Afoguei-me em aguardente
Por ti, só por ser por ti"




(bebedeiras psicológicas, depois das duas; frequentes, diagnosticadas mas incuráveis)

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

As comadres vão à festa:

Ó Vanessa, já está mais que na hora de nos irmos aperaltar, filha! Tarda nada fica tarde, e parece mal chegar já com a festa a meio. Até já as meninas repórteres (que estavam, como disseste bem) aviadas, já foram à sua vida, buer uns bacardis!

Andor, agarra as tamancas e vamos embora.


Olha, não vá o diabo tecê-las, traz a renda para a gente se entreter. Eu levo um taparwer com bolos de bacalhau (caseirinhos), caso nos dê o apetite.

Vá lá ver! Que já estamos atrasadas!

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sábado, 8 de agosto de 2009

Rosinha

Mas quem é que precisa de uma BRITNEY quando, melhor ainda que a sua prima, há em Portugal esta pérola da musica tradicional ... a Rosinha!

Mais que uma cantora, esta menina é já uma artista, um ícone! Mas qual Amália, qual carapuça! Que se abram os portões do Panteão, para receber este astro - daqui a muitos e bons anos, esperamos nós, seus fãs mais que malucos.

Como se pode ver pelas imagens de cima, a Rosinha já editou 3 lindos e ricos CD's, sendo que , e citando o site da cantora (ah pois, que ela é uma rapariga moderna com um site), o seu primeiro trabalho com a boca no pipo, "tem na sua totalidade um género musical muito brejeiro/popular bem ao gosto dos simpatizantes da música popular portuguesa." E também aqui se sente a evolução deste ser tão estimado pelo público... tudo bem que o primeiro CD é "brejeiro", mas arriscaria que o último já começa a roçar o pornográfico! Temas como: "Está a entrar dobrada", "Três sem parar", "Afinal cabia outra", "Eu lambo a dele a dela" ou "Ele enterra bem", merecem bolinha. Contudo, a inclusão do verbo "lamber" numa música é um feito - mais importante que a descoberta dos Resgatados ou do Seixo de Gatões. Rosinha, para quando uma canção que inclua, por exemplos: "marquise", "sovaco", "retrete"?

Agora.. a minha dúvida é a seguinte: se a Ana Malhoa foi "proibida" de actuar na Praça da Alegria devido à sua indumentária tigress, como é que a Rosinha vai, com os seus botins e sunglasses de pandam, ao Você na TV?! É que... ir ao programa do Eirózinho, ainda se entende... agora, ao Goucha?!

Sobre a Rosinha, podia continuar a despejar assunto dia e noite, mas é melhor não baixar ainda mais o nível! Não me posso é despedir sem citar as "curiosidades"! "
Gosta de andar de bicicleta e de ler, a sua cor preferida é o preto, adora qualquer prato de bacalhau e é apaixonada por todos os animais (aves e outros animais de estimação)."

P.s. Além de ser um camafeu, a Rosinha tem a arte de se auto-plagear - é so ir ouvir as pérolas "Por trás não" e "Só quer é fruta"... muda o tom e a letra! A atitude, felizmente, mantém-se e melhora-se de CD para CD!

Para breve, muito breve, mais novidades sobre esse oceano de talentos que é a música popular portuguesa... ;)