quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

2011

Sem glamour nenhum, a passagem de ano vai mesmo ser por casa, de pijama e pantufas. Com a companhia amorosa de toda a Brigada do Reumático. E, ainda mais seguro que isso, depois da meia-noite vamos ter de ficar em silêncio para ouvir a Júlia a anunciar o/a vencedor/a da Casa dos Segredos! Façam as vossas apostas, porque ninguém quer saber da crise enquanto houver bons programas no canal 4!

P.s. Ana Isabel

desejamos a todos os portugueses

Se fosses mais vezes assim, eras bem mais interessante.



Força Alegre!

domingo, 26 de dezembro de 2010

€ Natal

O natal é muito bom porque dá dinheiro às pessoas (eu, por exemplo). Vou comprar prendinhas para toda a gente e faço embrulhos muito bonitos, com direito a laçarote vermelho - para ficar com ar natalício. Ainda hoje fui à missa, e a minha vontade é ir ao shopping. Com a carteira debaixo de braço, como só a Tatiana sabe andar, e percorrer o corredor do centro comercial.

Acabo sempre a fazer contas de cabeça em frente à secção das promoções. O dinheiro não dá felicidade, mas andar sempre a zeros não dá com nada!

P.s. só me falta comprar o livro essencial para iniciar o estudo do exame de dia 5.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

quando Eu nascer.

No Natal fico tipo Billy Mack (do Love Actually) e parece-me que o Christmas está all around. Porque só no Natal os condutores dos SMUTC esperam um segundo antes de arrancar e nós não vamos projectados contra o vidro. No Natal só há Erasmus na esplanada do Cartola e, com o frio, nem os hippies aguentam fumar no Jardim da Sereia. E, ainda mais especial, na minha rua luta-se pelo primeiro lugar no concurso de 'Iluminação mais Foleira'.
E eu, muito dentro do espírito, vejo jingles natalícios em qualquer canção. Imagino assim um puto que ainda não nasceu mas já está a pensar: "quando eu nascer vou ser alguém". E depois então é que vem a estrela e a criança nasce. Começa a espernear por causa do frio e do cheiro do gado. E, efectivamente, chegou a ser Alguém.
Há mesas cheias e doces no frigorífico, mais nódoas de chocolate na toalha vermelha - que era nova. E quando chegamos da missa do galo vamos a correr abrir os presentes que, aqui, não estão debaixo da árvore porque foi comprada no chinês e só mede meio metro. Entretanto, com roupa acabada de estrear, muda o ano. E pensamos todos que vamos ser Alguém - foi esse o pedido da última passa.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

A Classe da São Miguel

O trabalho de Rádio do meu grupo é sobre os programas da manhã. Uma reportagem de 10 minutos (mais 5 de tolerância), com entrevistas a uma rádio universitária, uma regional, e duas com emissão nacional mas bastante diferentes. Ficaram escolhidas a RUC (Rádio Universidade de Coimbra), a RSM (Rádio São Miguel, com emissor no distrito), a Rádio Comercial e a TSF. Por ser a única que consegue ouvir a São Miguel ao fim-de-semana, fiquei com esse encargo. Eis um resumo dos contactos efectuados, com vista à gravação da entrevista para o trabalho.

Dia 1,
Retirar toda a informação possível e imaginária do site e analisar tudo muito bem. Enviar um mail a explicar em detalhe o trabalho e com a identificação do grupo. Adiciona-se o pedido de entrevista por telefone e a gravação da mesma. Tudo usado única e exclusivamente para o trabalho (aliás, para que outro fim poderia querer a entrevista? mandar as respostas para a Maria e comprar a capa?).

Dia 2,
Como não recebi resposta ao mail, voltei a mandar o mesmo. Liguei para o contacto no site, supostamente o da secretaria. Ninguém atende - durante todo o dia.

Dia 3,
Finalmente alguém atende o telefone! "Bom dia, Escola de Condução do Alto de não-sei-quê". Como?? Este contacto não é da Rádio São Miguel?? "Ah, o número é o mesmo. Diga, diga". Voltar a explicar tudo o que ia no mail, desta vez para a secretária (e possível professora de código da estrada). Entrevista garantida, gravação autorizada, voltar a ligar no dia seguinte às 11h.

Dia 4,
Afinal as garantias da véspera não estavam assim tão seguras. A produtora/jornalista/locutora das manhãs afinal não podia/queria responder. "Ela não quer assumir a responsabilidade de lhe responder às perguntas, até porque nem sabe o que é que a menina quer saber!". Como se lhe fosse perguntar quem matou o Kennedy. Nem com a promessa de enviar as questões por e-mail a senhora cedeu. A única hipótese era ligar ao "Patrão" (será o dono da Escola de Condução ou o Director da Rádio?), às 15:30 do mesmo dia. "Mas olhe que ele nem sempre vem cá trabalhar, pode ser que já não o apanhe cá". E assim foi: liguei as 15:30h ainda não tinha chegado; liguei às 16:15, tinha acabado de sair. Depois de uns minutos de hesitação, eis que aparece o contacto pessoal do Boss. Liguei e fui ignorada durante todo o tempo em que apresentei o grupo, o trabalho e o pedido. Pelo meio ainda tive direito a um "oh Zé, passa-me a porra das chaves!" e meia dúzia de "sim-sim, pois-pois". No final da minha exposição, segundos de silêncio (enquanto ele percebe que eu já me calei e aproxima o telemóvel da orelha). E, muito indignado, sai-se com um "Oh menina, isto não é assim! Pensa que isto é a casa da tia?". E eu, ainda sem perceber: "desculpe?". Afinal, aquilo não era mesmo assim: tinha de enviar um e-mail a apresentar o grupo e o trabalho + um e-mail com todas as perguntas + um e-mail com o porquê de querer entrevistar alguém da Rádio São Miguel + um mail com a explicação da necessidade de gravar a entrevista e garantias de que a gravação era apenas para o trabalho. E depois era esperar que eles na próxima semana analisassem o pedido, e ainda tinha de voltar a entrar em contacto. E quando eu digo que até já mandei mail, recebo um "isso não me interessa para nada, não é esse endereço". E finjo que aponto o correcto, para depois desligar a chamada e dizer 'FUCK YOU' (em português de Portugal) no máximo do meu volume.

Dia 4 - após São Miguel
Primeiro liguei à Ritinha, para poder insultar os acima referidos. Depois decidi mudar de rádio e virei a pesquisa para a Popular de Soure. Em 10 minutos estava a ligar para o número que estava no site, para ser quase imediatamente atendida por uma funcionária da Administração - da Rádio, não de um Talho, Padaria ou Loja de Ferragens. Volto a introduzir o assunto e, antes de lhe dar espaço para passar a chamada, conto toda a história com a São Miguel. E ela, muito compreensiva, "Pois, realmente. Foi uma grande falta de delicadeza." Desliguei a chamada na esperança de que, pela primeira vez no dia, alguém cumprisse o prometido: entrar em contacto com o Produtor das manhãs e ligar-me depois. E ligou, nem passados 5 minutos, porque o indivíduo estava numa reunião mas, se eu não me importasse, podia fazer a entrevista a um jornalista que trabalha durante as manhãs. E, depois de me deliciar com a música do atendedor durante uns segundos, recebo um "Boa Tarde" numa voz quente de homem da rádio. E penso: começo a gostar deste trabalho.

E foi assim que, depois de uma "grande falta de delicadeza", Mariana Pardal conseguiu 7 minutos de entrevista com a Voz. Fez-se justiça!

P.s. Queridos da São Miguel, não posso estar senão eternamente grata pela vossa colaboração. Fiquem sabendo que vos eliminei do carro da minha mãe e do rádio da cozinha. Nunca mais irei sintonizar 93,5. Rádio Popular de Soure, eis a vossa nova fã.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

terceiro 4º dia.

Deixei-me dormir toda a manhã, só abri os olhos quando o sol ficou mais forte que a cortina. A medo, escorreguei da cama e contemplei o caos do meu quarto. Primeiro pensamento do dia: "tenho que arrumar". Aspirei tudo, sem ver que o cabo estava enrolado na cadeira. Parti uma caneca - que estava onde não devia. Depois lavei a cara e sentei-me ao computador para trabalhar. Esqueci-me do almoço e, quando me lembrei, já a cozinha estava nojenta - mesmo para atum com massa ou sandes de fiambre.
Depois a minha mãe veio de Montemor para me trazer um aquecedor e passou no Mac para me trazer o jantar. Tudo porque no domingo, quando fizeram falta, não estiveram. Mas sem ressentimentos. Pela tarde, a Bárbara apareceu desgostosa, mas acabou por sair rápido para resolver o assunto. Ainda nem sei se ficou resolvido ou não. Fiquei com a Patrícia a ver o extra da Casa dos Segredos, já com a companhia do aquecedor que veio lá de casa (da minha casa).
O trabalho de Rádio foi pelo cano. Ninguém me atende para as entrevistas, há pouca informação na net e tenho que aturar um programa da manhã chamado "Hora do Camionista". O momento mais produtivo do dia foi uma carta. Escrevi uma carta, sinto-me gente importante. Planeio, agora, deitar-me a ver a Passione ou a novela da TVi - que tem uma miúda a fazer papel de histérica. Aliás, um bocadinho mais histérica que as outras todas, só isso.