domingo, 24 de janeiro de 2010

24

Hoje acendi a vela, que já não via isqueiro há muito tempo. Não que isto tenha algum sentido especial, ou melhor: tem, mas ninguém vai perceber. Um daqueles escritos em que se pode disparatar nos comentários, porque nada de forma nenhuma será de alguma maneira relacionado com aquilo que quero dizer - e não digo. Não foi para pedidos nem rezas. Nem "com certezas" nem sem certezas, mas acendi a tal vela - mesmo que só porque sim.

Amanhã é outra história, tenho de fazer tudo direito. Caso contrário, vai o avião e eu não. Entre comboio, metro e avião vai ser uma canseira. Depois ainda mais comboio e, para a acabar em grande, um pequeno (ou médio) passeio pedestre, com bagagem às costas.

Se for como combinado, quarta vou ver o Fado e sexta já cá estou outra vez.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Produtos Chenênzes

Faltavam duas lâmpadas no candeeiro da sala e fomos comprar à loja do chinês (deve ser pronunciado che-nês). Baratuchas, como já se calculava. Serviam bem para a função e, vá lá, não eram daquelas com uma luz meio azulada, género lâmpadas de néon do tunning.

Ía deitar as caixas fora, quando virei a embalagem para ler a parte de trás - já que o desing da frente era medonho. Ai, que espectáculo! Desde frases sem sentido, palavras que nunca tinha visto na vida até traduções trocadas, encontrei de tudo um pouco! Deixo a imagem, que (sem dúvida ) vale mais que mil lâmpadas.



ASAE ... wu-uuuh!

domingo, 17 de janeiro de 2010

365 graus?

Não, dias. Entrando na onda de revivalismo que tem, ultimamente, assolado o estimado colega Chibambo, também eu decidi ver os post de Janeiro último. Comparando esse Janeiro com este Janeiro:

> o ano passado era finalista e não caloira - ou seja, subi para uma descida, se é que isto faz sentido;
> ainda vivia aterrorizada pelo dilema "estudos artísticos" vs "jornalismo" - felizmente decidi pelo melhor;
> ainda era menor de idade - um criança, portanto;
> não tinha ido a Lloret - algo que fiz questão de solucionar;
> pode dizer-se que era ligeiramente addicted a Red Bull - e neste campo a grande mudança a registar é que o dia santo (quinta-feira) passou a ser menos vezes abençoado com tal bebida dos Deuses;
> infelizmente, não conhecia tanta música pimba como hoje - sendo que o meu repertório popular foi aumentando imenso (as últimas revelações foram Rebecca, Claudisabel e Ana Duarte);
> estava aborrecidíssima a estudar a Guerra Fria - e agora estou de férias;
> ainda não passava a semana numa casa com 14 pessoas, o grande Refustedo - com vista para o estabelecimento prisional;
> tinha aulas no conservatório, aulas de inglês, o projecto das Escolíadas, a Associação de Estudantes, etc, etc, etc...

Numa análise muito rápida, é isso. Precisamente há 365 dias atrás era sábado. A esta hora devia estar no comboio para a Figueira. Ía ao cinema, ver o "Estranho caso de Benjamin Button".

"Life isn't measured in minutes, but in moments" B.Button

Hoje, 17 de Janeiro de 2010, também vou ver um filme - só não vou ao cinema. Em ambos os casos, feliz da vida. E vou andando, que a Tatiana quando fica muito tempo à espera fica com os nervos agitados.

(e tu, onde estavas no dia 17 de Janeiro de 2009?)

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

sou feliz à lareira

era pessoa para me habituar a passar a tarde e a noite de perna cruzada no quente da lareira. era, sem dúvida alguma.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

o último

Estou capaz de ir para a rua, de peúgas, cantar músicas da Britney... só numa de festejar imenso imenso porque...

O ÚLTIMO TRABALHO QUE TINHA DE FAZER PARA A FACULDADE ESTÁ ACABADO!

God Bless, aleluia!
Finalmente vou poder regozijar-me por ter feito (será?) tudo por avaliação contínua, escapando assim à onda devastadora dos exames! Portanto, deixai-vos ficar por aí que eu vou curtir as minhas férias lá para fora!

IT'S DONE, BITCH!

P.s. Creio que vou mesmo transformar-me naquela mítica figura de "Mary Sunshine" e serei então a mais maluca de todas! weeeeeeeeeeeeee

sábado, 9 de janeiro de 2010

agora já podem ser mais que AMIG@S ÍNTIM@S

Não fez a abertura do telejornal, nem teve destaque no site da Sapo... mas o Público que (valha a verdade) nunca me falhou, lá fez a merecida chamada ao assunto: "casamento gay aprovado com votos da esquerda".

Nada que eu já não soubesse! Almocei em casa da avó, a de cá da terra, e a televisão estava na RTP1. O telejornal começou com o semi-entendimento entre os sindicatos e a Ministra da Educação e passou logo em directo para a repórter que estava no Parlamento, ainda antes da votação. Como o assunto mudou tão depressa, a minha avó nem teve tempo de acompanhar e ia perguntando se aquilo era dos professores, «que não estou a perceber nada».

Continuou-se a almoçar, que era para isso que lá estávamos, quando volta a passar a emissão para a repórter - que já estava na escadaria do Parlamento, no meio de outros tantos jornalistas. Casamento aprovado, propostas do BE e do PSD chumbadas - adopção (ainda) não. Entre perguntas de uns e de outros lá deu para ouvir as respostas e houve ali em directo, ao vivo e a cores, uma troca de beijocas (beijocas, o tanas) entre as senhoras que, simbolicamente, acabavam de casar.

E começa a sessão de comentários!! A minha avó tem toda uma teoria na qual o José Socras é gay e fez isto tudo por interesse! Elas, são umas Comadres Mariquinhas e sabia bem ela o que lhes fazia! O conteúdo das considerações era definitivamente desadequado ... mas a forma como foi exposto toda aquele seu ponto de vista fez-me chorar a rir!!! Pior que o enredo de uma novela da TVI em que os apaixonados são irmãos porque a mãe é prima da amiga do pai da cunhada que está em França.

Enfim, comentários da minha avó à parte, quero deixar por aqui um yeah face ao "25 de Abril dos Gays e Lésbicas de Portugal". E, já que no 25 de Abril a Cantiga era uma arma (e eu não sabia - mais agora já sei) ... pois deixo também uma faixazinha para a celebração:

Eiii! Agora já podem ser mais que AMIG@S ÍNTIM@S! xD
[e nem é namorados, podem mesmo casar! "então pára de fingir / perde o medo de assumir / somos mais que amigos íntimos / diz ao Mundo que é assim"]

(canta esse ícone da música portuguesa: a Rebecca, que se escreve com dois "c")

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Poesia de beira de estrada

Já não posso precisar se foi antes ou depois de passar pela Associação Recreativa e Cultural, mas tenho a certeza que foi antes do Café Central. Já não ia lá desde o Verão, entretanto houve obras e agora está tudo bem arranjado com calçada portuguesa e uma estatueta de uma senhora [isto é uma coisa que dava um rico post: porque raio é que a maioria das estátuas representam mulheres? Porque não uma réplica - em tamanho real - de Sir. George Clooney, senhoras Presidentas de Junta?]. Devaneios à parte, vamos focar a atenção na dita estatueta: tinha uma quadra inscrita na pedra da base. Cito:

"Quiaios, terra do mar,
toda cheia de atavios,
na areia d'oiro a criar
os porquinhos luzidios"

Peço desculpa?! Como é?! "Na areia d'oiro a criar / os porquinhos luzidios"?!?! Esta malta daqui tem piada.... mas! Não pode ser! Isto é a sério?! JUREM?! "OS PORQUINHOS LUZIDIOS"?! uii, que poético - até me vieram as lágrimas aos olhos. Imagino já Pessoa & Cia, tudo a dar voltinhas na campa e a bater com a mão na testa, suspirando: como é que eu não pensei em tal?

Enfim, para expressar toda a minha (nem tenho palavras)! No fundo, para expressar a minha qualquer coisa relativamente a tão bonita quadra, faço este post acompanhar-se de um videoclip de duas porquinhas luzidias - que São Lindas. Porque uma estátua, é uma estátua (é uma estátua); mas este conjunto musical conseguiu elevar a grandiosa conclusão de Lili Caneças de que "estar vivo é o contrário de estar morto", tendo a originalidade maluca de adaptar à poesia e, imagine-se, inverter tudo para dizer o mesmo! Se "poisia é viver / viver é poisia"! Segue a mensagem para a Lili "estar vivo é o contrário de estar morto" e ... "estar morto é o contrário de estar vivo. Ora pimba.

E, apenas para elevar o nível poético do blog, termino com um conjunto de três quadras (conhecem aquela expressão da "cagada em três actos"?) da minha autoria. Agora, eu sou uma pessoal mentalmente instável! Tenho desculpa para o que escrevo, chego a fazer medicação! Além disso, (ainda) não tenho estátuas com isto escrito - muito menos videoclips em que use ganga da cabeça aos pés ou convide a minha irmã para os coros e as primas para as coreografias.

Enjoy:

I
Não me consumas
Mesmo sendo eu assim
Tudo isto feito de plumas
Sei que gostas de mim

II
Não me consumas,
Mata-me de uma vez
Sentada, enquanto fumas,
Dá-me um tiro, ou dois ou três.

III
Não me consumas
E deixa-me ressuscitar
Devolve-me as plumas
Abre a porta, dá-me ar.