terça-feira, 7 de abril de 2009

Estou que não me entendo.

Porque sempre fui desarrumada. Desde miúda que a minha estante dos bonecos e carrinhos acumulava pó enquanto o chão estava minado de mil e uma coisas. Deve ser crónico, sei lá, porque genético não é.

Tenho sempre dossiers em pilha, capas, micas e cadernos com o dobro das folhas lá enfiadas. Gosto dos post-it colados debaixo da janela do escritório, e das frases amontoadas à volta do horário da escola. Arrumo o quarto toda a tarde e depois sento-me a ver televisão, mas se preciso de um casaco, há-de ser o que está no fundo da gaveta ou no canto mais maquiavélico do armário; se me apetece ler, nunca é o primeiro livro que tiro da estante, e o mesmo com os cd's em cima do rádio.

Entendo-me bem assim, afinal são 17 anos de treino em busca e salvamento de seja lá o que for do meio dos escombros do escritório e do quarto.

O computador é o que, além de mim, oscila mais entre as duas zonas da casa e, estupidamente, a coisinha mais arrumada que tenho: as músicas estão por género e intérprete, os sites na barra dos favoritos, o ambiente de trabalho organizado.. as fotografias divididas por milhentas pastas. Como não podia deixar de acontecer comigo, devo ter-me fartado de organizar imagens e acabei com uma pasta com o nome "Várias". Abrindo essa, aparecem logo meia dúzia delas. Mas ainda há à escolha as "Pessoais" e as "Outras". Que seja a primeira, vá. Agora já são cerca de 20 que escaparam à ordem inicial, e apenas uma pasta - que ganhava mais tendo ficado fechada.



"Não queiras saber de mim
Esta noite não estou cá
Quando a tristeza bate
Pior do que eu não há"






"I wish you bluebirds in the spring
To give your heart a song to sing
And than a kiss
But more than this
I wish you love"

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