domingo, 7 de novembro de 2010

segunda-feira há vira.

O trabalho de rádio tem as suas vantagens: por ouvir emissões e emissões de 92.0 (Rádio Amália) aparecem algumas pérolas, uns fadinhos jeitosos de se conhecer. Daí a aturar Carminhos e Mísias vai um longo caminho, Jesus! Tenho passado bons momentos a anotar as dedicatórias dos Discos Pedidos - nesta rádio, chamados 'Senhor Fado'. Logo no primeiro dia ligou a Dona Otília que, com 70 anos, prefere ouvir e emissão na internet mas, sempre que sai à rua, leva a Amália no telemóvel porque a filha pôs aquilo de modo que desse. Uns cinco minutos depois, era o Artur "mais conhecido por filho do Chico do peixe" a pedir um fado qualquer. E quando eu pensava que já não havia nada melhor, eis que uma voz de senhora do mercado deixa encomendado o fadinho e avisa que não vai deixar beijinhos para a Elvira Russa porque ela é uma bandidona que a deixou sozinha no outro dia e que no fim-de-semana vai levar porrada! Não há beijinhos nem para essa nem para a outra amiga, só para o bairro da Boavista - "qu'é um ganda bairro!"
E do nada, sem pedido nenhum, aparece a Maria da Nazaré a cantar qualquer coisa como "ser Fadista é dar a mão à saudade (...) ser Fadista é destino que se perdoa / oração à fé de Lisboa / ser Fadista é ser Português". E é quando eu me lembro que a vi ao vivo na Casa de Fado, quando fui a Lisboa - e era uma pessoa financeiramente feliz. Agora, fados só pelo computador (nem pelo telemóvel, como a Dona Otília). O chato é que segunda-feira isto tem de estar pronto. E eu não me importava nada de esticar o prazo, pelo menos mais uns meses.

2 comentários:

Hagia disse...

:)

Hagia: Like this.

Bjtus

odeioervilhas disse...

tirando a parte em que tivemos de fazer directa para o trabalho estar pronto, também gosto muito disto :)