sábado, 23 de abril de 2011

casa.

Por causa das férias, tenho estado em casa. Em casa-mesmo, o Refustedo é só abrigo para estudante. Aqui, na vila, os dias ou estão cheios de coisas para fazer, ou as tardes arrastam-se por séculos até à hora de jantar. Posso andar o dia inteiro com meias rotas e calças velhas, aquilo a que alguém muito sábio um dia chamou "roupa de andar por casa".
Mas aqui não há autocarros dos SMUT que me levem a passear à baixa, não há o café da praça onde se possa estar a tarde toda sem comentários das velhas. Não se pode beber finos e comer tremoços, isso seria o fim. O mais radical é dizer, cá em casa, que vou tomar café com gente de confiança e que volto cedo. E nunca passo das 2h. Só que aqui há pássaros logo de manhã. São o meu despertador. E a persiana não fecha bem, ainda não foi arranjada, desde o verão. Portanto acordo as 10h, com sol na quarto e com pássaros a fazer os seus barulhos. E é muito bonito, muito poético, mas é de manhã. Depois acordo e não há nem Faculdade, nem gabinete, nem esplanada, nem a banca dos jornais do Senhor Pavão. Começa o tédio a atacar. Mesmo a tempo, porque hoje a noite já há café, na rebeldia até às 2h. E amanhã já há Páscoa e coisas doces. E depois, há Coimbra.

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