terça-feira, 5 de abril de 2011

cerebrum

A Tatiana embirra constantemente com o meu problema de dicção. É verdade, às vezes, quando estou muito animada, muito descontraída ou muito nervosa, troco letras nas palavras e enrolo a língua a falar. Fica um som meio engraçado, ridículo. E ela faz sempre o reparo: "esse teu problema!". Mas, pior que este há outro, fora da minha idade. Tenho fraca memória, esqueço-me das coisas. É aleatório, olvido com a mesma naturalidade o que comi ontem ao jantar, o que tenho para fazer amanhã ou uma ninharia qualquer que alguém me pediu para lembrar. Tenho a agenda sempre na mala e não é raro ter notas escritas na mão. Mas, mesmo assim, às vezes esqueço-me. É fácil.
Hoje esqueci-me do assunto durante 10 horas. É um feito, quase meio dia. Tenho confirmação de mensagem enviada antes das 12h e não foi senão agora que pensei: não respondeu. E depois pensei: merda, não respondeu. Até que o disse, não está aqui ninguém que me oiça, posso proferir as maiores barbaridades em sossego. Mas o que há de bom nesta fraca memória de que padeço é que, juro, vou involuntariamente esquecer-me disto! Até dos palavrões. E, outra maravilha da nossa cabeça: mesmo que sonhe durante a noite, amanhã não vou saber.

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